O OLHAR CLÍNICO DA GRAÇA DE DEUS

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Texto de Referência: Lucas 18.13-14 e Romanos 7.24

“Mas o publicano ficou à distância. Ele nem ousava olhar para o céu, mas batendo no peito, dizia: ‘Deus, tem misericórdia de mim, que sou pecador’. Eu lhes digo que este homem, e não o outro foi para casa justificado diante de Deus. Pois quem se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado.”

“Miserável homem que sou. Quem me livrará do corpo desta morte?” Romanos 7. 24

O olhar clínico da graça de Deus

Quando nos apresentamos diante de Deus para adorá-lo, seja na igreja ou em outro lugar, devemos ter a consciência de que nosso culto passará pelo teste do seu olhar clínico. E para agradá-lo será necessário muito mais do que argumentos vangloriosos, cheios de boas obras. Será necessário reconhecer Sua santidade a tal ponto, que possamos sentir-nos miseravelmente dependente de seu favor por todos os dias de nossa vida. Será necessário não tentar enganá-lo com uma falsa piedade vestida de boas obras, porque o seu olhar clínico investigará as intenções do nosso coração. Mas um coração rasgado pela sincera dependência de sua graça será justificado.

Fazendo uma auto-avaliação

O Fariseu: “Auto-engano”
O erro daquele fariseu tem sido o nosso erro, em achar que somos bonzinhos e por isso somos alguma coisa, ou por isso merecemos Deus. E ainda, nos sentimos melhores que os outros.

Nossas igrejas, nossos congressos, nossas festividades e reuniões muitas vezes ensinam que nós somos de fatos alguma coisa. Que somos melhores do que aqueles que não falam em línguas, que somos melhores do que aqueles que não freqüentam a igreja de segunda a segunda, do que aqueles que não oram ou não jejuam, e daqueles que não dão o dízimo. Ensina-nos que temos poder do Espírito o suficiente para ficar tomando conta da vida alheia, falando mal uns dos outros, fazendo comparações. Muitos desses congressos e campanhas pseudos pentecostais têm produzido em nós essa mentalidade, a de que somos mais do que os outros, de que somos vencedores, e de que os outros são derrotados, vencidos.

O que certamente nos afasta de Deus, não é só a presença do pecado em nós, mas o não reconhecimento dele. Pois todos nós estamos sujeitos a ele, e todos os dias tropeçamos nele, porque a sua lei (do pecado) habita em nossa carne. Resta-nos apenas clamar a Deus: “Quem nos livrará do corpo desta morte?” Pois em mim, ou seja, na minha carne, não habita bem algum, Romanos 7.23,24.

O Publicano
Este era um homem muito mal visto pela sociedade por causa do seu ofício. Os publicanos eram pessoas desprezadas por conta de seus erros, viviam excluídos e desligados do convívio dos fariseus.

A oração do publicano revela sua condição de miséria e uma busca pela graça e misericórdia de Deus, e foi por causa de sua consciência de sua incapacidade de agradar a Ele por suas obras, que de fato o agradou. O reconhecimento de dependência por não ser e não ter (nada), é que o tornou pela graça aceitável diante da mesma graça que rejeita todo aquele que se sente capaz por si só de agradar a Deus, e abraça inteiramente todo aquele reconhece ser incapaz por si só de agradá-lo.

Um grande abraço.

0 comentários:

Postar um comentário