quarta-feira, 8 de junho de 2011
VIDA EM FAMÍLIA - CONSTRUTORES DE LARES
FAMÍLIA DO PASTOR NA ÓTICA MINISTERIAL
É preferível manter a família unida e bem servida que servir ao Senhor com uma família fragmentada
Nenhuma atividade na vida exige tanta identificação da família do líder quando ser pastor.
Se alguém é advogado, exerce sua função sem que a família seja envolvida diretamente; se é engenheiro, a família não é solicitada a participar da atividade do pai; se é médico, a família também não se envolve diretamente na profissão; enfim, se é comerciante, industrial, professor, militar, piloto, geralmente a família é mantida a distância das atividades do dia-a-dia do pai.
Se alguém é pastor, no entanto, a família é solicitada a envolver-se de uma forma ou de outra nas atividades deles.
O pastor muitas vezes tem tempo para a igreja, mas para sua família somente se sobrar (Ct.1.6). Contudo, mais importante que o ministério é a família:
DEUS →FAMÍLIA →IGREJA ( MINISTÉRIO
E preferível manter a família unida e bem servida que servir ao Senhor com uma família fragmentada, desunida e carente de equilíbrio relacional e espiritual.
O apóstolo Paulo, escrevendo a Timóteo, declara: “Se alguém não tem cuidado dos seus e especialmente dos da proporia casa, tem negado a fé e é pior do que o descrente” (1ª Timóteo 5.8).
A responsabilidade para com a família é um dever cristão. O pastor, por sua vez, deve atentar bem para essa responsabilidade.
I. A família do pastor em face de suas múltiplas responsabilidades
1. A Igreja espera que o pastor conduza seu lar como padrão para todos os crentes (Tito 2.7), independentemente de suas obrigações e responsabilidades ministeriais.
2.O lar do pastor deve ser um modelo para o lar dos membros de sua igreja.
3. A ordem, a paz, a harmonia, o trabalho e santidade devem imperar no lar do pastor.
4.O lar do pastor deve ser um verdadeiro santuário, onde os filhos cultuam a Deus, onde a esposa louva a Deus com sua vida plena de ideais, onde o pastor se acerca de Deus como a Fonte perene de seu ministério e se deleita em seu poder e em sua graça.
II.A FAMÍLIA DO PASTOR E OS LIMITES IMPOSTOS PELA SOCIEDADE
1. O que se espera da esposa do pastor.
As igrejas esperam muito da esposa do pastor. Muitas vezes, situando na em contextos que não lhe permitem agir com liberdade, criando situações em que lhe é impossível sentir-se à vontade ou segura.
a) Esperam que ela seja uma pastora auxiliar – Via de regra, Deus chamou o marido para o pastorado, e xige isso dele, não dela.
A esposa do pastor não tem a chamada para servir à igreja como extensão do ministério do marido.
Não podemos nos esquecer de que ela foi chamada para ser uma ajudadora idônea do marido, e não da igreja!
Quando um pastor é convidado a assumir uma igreja e seu salário é definido, não existe nenhum documento, nenhuma cláusula que estabeleça um salário para a esposa. Conseqüentemente, a igreja tem de reconhecer que suas exigências devem ser feitas ao pastor, e não à esposa dele.
A igreja pode exigir do pastor visitas pastorais, melhoria na administração, maior empenho na pregação, mais dedicação ao ensino. Entretanto, não pode exigir nada da esposa.
A esposa do pastor não é pastora auxiliar, e sim outro membro da igreja. Portanto, ela precisa ser vista dessa forma.
Todavia, há esposas de pastores chamadas e capacitadas por Deus para prestar um grande auxílio ao ministério do marido na obra do Senhor.
b) Esperam que ela seja uma santa - Alguns membros da igreja parecem não perceber que, mesmo sendo a esposa do pastor ela é um ser humano como qualquer outro:
· Experimenta desgosto;
· Fica irada;
· Às vezes se comporta de maneira censurável;
· Necessita de muita compreensão e amor.
O status de esposa de pastor nem sempre a coloca em lugar de privilégio e honra, mas na maioria das vezes essa condição a priva do direito de sua identidade, de sua individualidade.
A esposa do pastor não é uma estátua de gesso numa vitrine. Por essa razão, “não deve agir com hipocrisia para satisfazer uma igreja insatisfeita e sem consideração”.
c) Esperam que ela nunca se queixe – As pressões sobre o pastor, fatalmente refletirão na esposa. As pressões ministeriais produzem tensões, ansiedades e depressão.
Os membros da igreja podem ver o sorriso disfarçado nos lábios de seu pastor, ma é a esposa que vê sua lágrimas e escuta suas queixas.
Se o marido dedica quase todo o templo à igreja e suas famílias, é compreensível que ela exija templo para si e para seus filhos.
Muitos pastores cometem esta falta: descuidam-se da esposa e dos filhos, dedicando todo o seu tempo e atenção ao ministério. Vejamos o que diz o texto sagrado: “...me puseram por guarda de vinhas; a vinha que me pertence não guardei”(Ct.’1.6).
Poderíamos fazer a seguinte paráfrase desse texto:”Puseram-me para cuidar dos membros da igreja, e da minha própria família descuidei”.

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