Exercita-te na academia de Deus
Homens, jamais chegaremos a lugar algum na vida sem disciplina, mais ainda quando se trata de assuntos espirituais. Nenhum de nós é inerentemente justo, portanto as instruções de Paulo com respeito à disciplina espiritual em 1 Timóteo 4.7-8 assume uma urgência pessoal: “Exercita-te, pessoalmente, na piedade. Pois o exercício físico para pouco é proveitoso, mas a piedade para tudo é proveitosa, porque tem a promessa da vida que agora é e da que há de ser”. Essa palavra, “exercita-te”, vem da palavra grega da qual derivamos a palavra “academia”. Portanto, convido você para a academia de Deus – para um pouco de dor e um ganho formidável!
1. Disciplina da pureza
A sensualidade é o maior obstáculo à santidade entre os homens cristãos. A queda do Rei Davi devia não apenas nos ensinar, mas botar para correr a sensualidade que há dentro de nós! Encha-se com a Palavra de Deus – memorize passagens como 1 Tessalonicenses 4.3-8, Jó 31.1, Provérbios 6.27, Efésios 5.3-7 e 2 Timóteo 2.22. Procure alguém que o ajudará a manter sua alma fiel a Deus. Uma mente pura é impossível se você vê TV e filmes descuidadamente ou visita sites pornográficos (1 Tessalonicenses 4.3-7). Desenvolva a consciência divina que susteve José: “Como, pois, cometeria eu tamanha maldade e pecaria contra Deus?” (Gênesis 39.9).
2. Disciplina dos relacionamentos
Para ser tudo o que Deus quer que você seja, acrescente algum suor santo em seus relacionamentos! Se você é casado, você precisa viver Efésios 5.25-31: “Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela” (v. 25). Para aqueles que são pais, Deus apresenta um treinamento em uma frase pungente: “E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor” (Efésios 6.4). Relacionamentos não são opcionais (Hebreus 10.25); eles nos capacitam a desenvolvermo-nos no que Deus quer que sejamos e, de forma mais eficaz, a aprender e viver a verdade de Deus.
3. Disciplina da mente
A possibilidade de possuir a mente de Cristo (1 Coríntios 2.16) traz à baila o escândalo da igreja de hoje – cristãos que não pensam de forma cristã, deixando nossas mentes indisciplinadas. O apóstolo Paulo entendeu isso bem: “Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento” (Filipenses 4.8). Cada ingrediente é uma questão de escolha pessoal. Você jamais poderá ter uma mente cristã sem ler as Escrituras com regularidade, pois você não pode ser influenciado por aquilo que não conhece.
4. Disciplina da devoção
Ler a Palavra de Deus é essencial, mas a meditação incorpora a Palavra e responde: “Agrada-me fazer a tua vontade, ó Deus meu” (Salmo 40.8). Além de instruções como Efésios 6.18-20, há duas boas razões para orar. Quanto mais que expomos nossas vidas ao sol incandescente da vida justa de Cristo, mais sua imagem será gravada em nosso caráter. A segunda razão é que a oração submete nossas vontades à vontade de Deus. Muitos homens não têm uma vida devocional eficaz porque nunca planejam por ela; eles nunca expõem suas vidas à sua luz pura.
5. Disciplina da integridade
Dificilmente podemos exagerar a importância da integridade para uma geração de crentes tão parecidos com o mundo em conduta ética. Mas os benefícios da integridade – caráter, uma consciência limpa, intimidade profunda com Deus – prova a sua importância. Devemos deixar a palavra de Deus traçar nossas linhas de conduta. Nosso discurso e ações devem ser intencionalmente verdadeiros (Provérbios 12.22; Efésios 4.15), apoiado pela coragem de manter nossa palavra e defender nossas convicções (Salmo 15.4). Um antigo ditado resume isso: “Semeie um ato, e você colhe um hábito. Semeie um hábito, e você colhe um caráter. Semeie um caráter, e você colhe um destino”.
6. Disciplina da língua
“Se alguém supõe ser religioso, deixando de refrear a língua, antes, enganando o próprio coração, a sua religião é vã” (Tiago 1.260. O verdadeiro teste da espiritualidade de um homem não é sua habilidade para falar, mas, antes, sua habilidade de controlar sua língua! Oferecida a Deus em um altar, a língua tem um poder incrível para o bem. É preciso que haja devoção e determinação contínuas para nos disciplinarmos: “Quem guarda a língua guarda a sua alma” (cf. Provérbios 21.23).
7. Disciplina do trabalho
Em Gênesis 1.1-2.2 encontramos Deus, o Criador, como um trabalhador. Uma vez que “criou Deus o homem à sua imagem” (1.27), a maneira como trabalhamos revelará o quanto permitimos que a imagem de Deus se desenvolva em nós. Não há distinção entre secular e sagrado; todo trabalho honesto devia ser feito para a glória de Deus (1 Coríntios 10.31). Devemos recuperar a verdade bíblica de que nossa vocação é um chamado divino e, assim, ser liberados para exercê-la para a glória de Deus.
8. Disciplina da perseverança
Hebreus 12.1-3 apresenta uma descrição da perseverança em quatro mandamentos. Despoje-se! “Desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia” (v. 1). Isso inclui o pecado residual e qualquer outra coisa que atrapalhe. Corra! “…com perseverança, a carreira que nos está proposta” (v. 1). Cada um de nós pode terminar nossa corrida (ver também 2 Timóteo 4.1). Foque! “Olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus” (v. 2). Nunca houve um milésimo de segundo em que ele não confiou no Pai. Considere! Nossa vida deve ser usada considerando como Jesus viveu (v. 3).
9. Disciplina da igreja
Você não precisa ir à igreja para ser um cristão; você não precisa ir para casa para ser casado. Mas em ambos os casos, se você não faz isso, você terá um relacionamento muito deficiente! Você nunca atingirá sua masculinidade espiritual plena, nem sua família alcançará sua maturidade espiritual sem compromisso com a igreja. Procure uma boa igreja, e comprometa-se inteiramente com ela. Sua participação deve incluir apoio financeiro, mas também incluir doar seu tempo, talentos, habilidades e criatividade para a glória de Deus.
10. Disciplina da liberalidade
Como podemos escapar do poder do materialismo? Ao dar com um coração transbordante da graça de Deus, como os crentes na Macedônia, os quais “deram-se a si mesmos primeiro ao Senhor” (2 Coríntios 8.5): é aqui que a graça de dar deve começar. Dar desarma o poder do dinheiro. Embora deva ser regular, dar também deve ser espontâneo e sensível às necessidades. E deve ser prazeroso – “Deus ama a quem dá com alegria” (2 Coríntios 9.7). E Jesus disse: “Mais bem-aventurado é dar do que receber” (Atos 20.35).
Enquanto malhamos as disciplinas de um homem piedoso, lembremo-nos, com Paulo, daquilo que nos estimula a vivê-las – “não eu, mas a graça de Deus comigo” (1 Coríntios 15.10).