Versículo do dia:

segunda-feira, 28 de novembro de 2016
Fiquei sobremodo alegre pela vinda de irmãos e pelo seu testemunho da tua verdade, como tu andas na verdade. (3João 3)

A verdade estava em Gaio; e ele andava na verdade. Se a primeira afirmação fosse diferente, a segunda jamais poderia ocorrer; e se a segunda afirmação não pudesse ser dita sobre ele, a primeira teria sido mera pretensão. A verdade tem de entrar na alma, penetrá-la e saturá-la; pois, do contrário, não terá valor algum. Doutrinas sustentadas como uma questão de credo são como pão na mão, o qual não proporciona nutrição ao corpo. Mas a doutrina que aceitamos no coração é como alimento digerido, que, por assimilação, nutre e sustenta o corpo. Em nós, a verdade tem de ser uma força viva, uma energia ativa, uma realidade que habita em nosso íntimo, uma parte da essência de nosso ser. Se a verdade está em nós, não podemos separá-la de nós. Um homem pode até perder as suas vestes ou os membros de seu corpo, mas as suas partes internas são vitais e não podem ser removidas sem o comprometimento da vida. Um crente pode morrer, mas ele não pode negar a verdade. Ora, é uma regra da natureza que o interior afeta o exterior, assim como brilha luz do centro da lanterna através do vidro. Quando a verdade é acendida no íntimo, o seu resplendor logo se irradia na vida e no comportamento exterior. Afirma-se que o alimento de certas lagartas transmite cor ao casulo de seda que elas tecem. Da mesma forma, o alimento que sustenta a vida de um homem transmite cor a toda palavra e a todos os atos que procedem dele. Andar na verdade implica uma vida de integridade, santidade, fidelidade e simplicidade -o resultado natural dos princípios da verdade que o evangelho ensina e que o Espírito de Deus nos capacita a receber. Podemos julgar os segredos da alma por meio de sua manifestação no proceder do homem. Ó Espírito gracioso, que hoje sejamos governados por tua autoridade divina. Que nada falso ou pecaminoso reine em nosso coração, a fim de que não estenda sua influência maligna sobre o nosso andar diário entre os homens.

VERSÍCULO DO DIA

sábado, 26 de novembro de 2016
Para proclamar libertação aos cativos. (Lucas 4.18)


Ninguém, exceto o Senhor Jesus, pode outorgar libertação aos cativos. A verdadeira liberdade vem tão-somente dele. É uma liberdade outorgada com justiça, porque o Filho, o herdeiro de todas as coisas, tem o direito de tornar os homens livres. Os santos honram a justiça de Deus, a qual lhes garante, agora, a salvação. É uma liberdade que foi comprada por um preço elevado. Cristo a manifesta pelo seu poder, mas a comprou pelo seu sangue. Você fica livre porque Ele suportou o seu fardo em seu lugar. Você é colocado em liberdade, porque o Senhor Jesus sofreu espontaneamente em seu lugar. Entretanto, apesar de comprada a preço elevado, Ele gratuitamente dá a salvação. O Senhor Jesus nos encontra vestidos de pano de saco e assentados na cinza e nos ordena a vestirmos as lindas roupas da liberdade. Quando Jesus liberta, a liberdade é dada perpetuamente. Que o Mestre me diga: “Cativo, eu o libertei”, e assim será para sempre. Satanás pode fazer planos para nos escravizar, mas, se o Senhor está ao nosso lado, a quem temeremos? O mundo com suas tentações pode procurar nos enredar; contudo, maior é Aquele que é por nós do que aqueles que são contra nós. “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Romanos 8.31). Nossos próprios corações enganosos podem perturbar-nos e aborrecemos. Mas Aquele que começou a boa obra em nós há de completá-la e aperfeiçoá-la até ao final (ver Filipenses 1.6). Os adversários de Deus e os inimigos do homem podem juntar suas hostes e se aproximar contra nós com fúria intensificada, mas se Deus absolve, quem nos condenará? (ver Romanos 8.34). A águia que ascende até seu ninho de pedra, e posteriormente, voa além das nuvens não é mais livre que a alma que Cristo libertou. Se não estamos mais debaixo da Lei, e sim livres da sua maldição, a nossa liberdade deve ser revelada, de modo prático, em servirmos a Deus com gratidão e regozijo. “SENHOR, deveras sou teu servo, teu servo, filho da tua serva; quebraste as minhas cadeias” (Salmos 116.16). Senhor, que desejas que eu faça?

Versículo do dia:

sexta-feira, 25 de novembro de 2016
 Para proclamar libertação aos cativos. (Lucas 4.18)

Ninguém, exceto o Senhor Jesus, pode outorgar libertação aos cativos. A verdadeira liberdade vem tão-somente dele. É uma liberdade outorgada com justiça, porque o Filho, o herdeiro de todas as coisas, tem o direito de tornar os homens livres. Os santos honram a justiça de Deus, a qual lhes garante, agora, a salvação. É uma liberdade que foi comprada por um preço elevado. Cristo a manifesta pelo seu poder, mas a comprou pelo seu sangue. Você fica livre porque Ele suportou o seu fardo em seu lugar. Você é colocado em liberdade, porque o Senhor Jesus sofreu espontaneamente em seu lugar. Entretanto, apesar de comprada a preço elevado, Ele gratuitamente dá a salvação. O Senhor Jesus nos encontra vestidos de pano de saco e assentados na cinza e nos ordena a vestirmos as lindas roupas da liberdade. Quando Jesus liberta, a liberdade é dada perpetuamente. Que o Mestre me diga: “Cativo, eu o libertei”, e assim será para sempre. Satanás pode fazer planos para nos escravizar, mas, se o Senhor está ao nosso lado, a quem temeremos? O mundo com suas tentações pode procurar nos enredar; contudo, maior é Aquele que é por nós do que aqueles que são contra nós. “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Romanos 8.31). Nossos próprios corações enganosos podem perturbar-nos e aborrecemos. Mas Aquele que começou a boa obra em nós há de completá-la e aperfeiçoá-la até ao final (ver Filipenses 1.6). Os adversários de Deus e os inimigos do homem podem juntar suas hostes e se aproximar contra nós com fúria intensificada, mas se Deus absolve, quem nos condenará? (ver Romanos 8.34). A águia que ascende até seu ninho de pedra, e posteriormente, voa além das nuvens não é mais livre que a alma que Cristo libertou. Se não estamos mais debaixo da Lei, e sim livres da sua maldição, a nossa liberdade deve ser revelada, de modo prático, em servirmos a Deus com gratidão e regozijo. “SENHOR, deveras sou teu servo, teu servo, filho da tua serva; quebraste as minhas cadeias” (Salmos 116.16). Senhor, que desejas que eu faça?

Geraldo Alckmin sanciona criação do Dia da Mulher Cristã Evangélica em São Paulo

quinta-feira, 24 de novembro de 2016



Em São Paulo, a mulher evangélica ganhou um dia para chamar de seu: 28 de março. A data foi instituída pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), como um gesto para reconhecer a importância da dedicação que essa parcela da sociedade exerce cotidianamente, em suas ações sociais e cuidados coma família.
O projeto que criou o Dia da Mulher Cristã Evangélica é de autoria do deputado estadual Adilson Rossi (PSB), que justificou a iniciativa afirmando que “as mulheres cristãs tem um papel muito importante na família, na Igreja e na sociedade, e temos que valorizar”.
De acordo com Rossi, se “no começo do século XX, a mulher era ainda considerada, muitas vezes, como intelectualmente inferior, como incapaz de assumir responsabilidades cívicas, devendo, por isso estar sujeita á tutela familiar do homem”, atualmente, “a influência da mulher em todas as esferas da sociedade tem aumentado”, e aponta: “Podemos constatar esse fato através da presença das mulheres em muitos lugares onde até há bem poucos anos era impensável”.
A sanção do governador Geraldo Alckmin ao projeto foi noticiado a contragosto por veículos da grande mídia, já que é uma homenagem às mulheres – tema que atualmente movimenta as redações de portais de internet, jornais, revistas e emissoras de TV -, mas se refere especificamente às evangélicas, setor da sociedade que é retratado, com frequência, como retrógrado e inconveniente por sua recusa ao pós-modernismo.
A revista Veja SP, por exemplo, comparou a aprovação do projeto do Dia da Mulher Cristã Evangélica com a tentativa de criação do Dia de Combate à Cristofobia, na Câmara Municipal de São Paulo, por iniciativa do vereador Eduardo Tuma (PSDB). O projeto chegou a ser aprovado, mas foi vetado pelo prefeito Fernando Haddad (PT).

8 Passos para Lidar com Pessoas Difíceis

terça-feira, 22 de novembro de 2016


Ken Swetland
"Pastor Ken, eu estava aqui antes de o senhor chegar, e eu estarei aqui depois que o senhor tiver ido embora".  Um membro antigo da minha primeira igreja disse isso há mais de 40 anos, quando ela e eu tivemos uma divergência sobre a missão da igreja. Foi uma discussão amigável, mas os limites foram claramente desenhados de formas intratáveis. Embora ela não tivesse nenhum cargo, ela era o "E.F. Hutton" da igreja: quando ela falava, todos escutavam.
Não foi exatamente assim que pensei que seria o início do meu ministério pastoral, mas isso se tornou uma oportunidade para a congregação trabalhar através das diferenças teológicas. A igreja, localizada em uma comunidade costeira singular e pitoresca, onde muitos turistas passavam o verão, era uma fusão de várias igrejas ao longo do ano. Como resultado, ela representava tanto perspectivas evangélicas conservadoras quanto teologicamente liberais sobre a fé e o ministério.
No nosso desacordo sobre a missão da igreja, minha preocupação era de que a igreja mantivesse um testemunho gracioso e bíblico na comunidade, bem como adorasse o único Deus verdadeiro de uma maneira que apoiasse a verdade bíblica. A mulher queria que a igreja não fosse nada mais do que um clube social formal. Ela também queria que a igreja protegesse um grupo feminino associado à igreja que era composto, em sua maioria, por pessoas da comunidade que não eram cristãs ou membros da igreja. Esse grupo era conhecido por hospedar as melhores feiras de Natal e verão na região, mas não tinha nada a ver com Deus. A questão se complicava com o fato de que esse grupo havia levantado o dinheiro para redecorar a casa pastoral de 150 anos logo antes da minha família mudar-se para lá.
Embora os evangélicos na igreja fossem uma forte maioria, nós éramos sensíveis à história da igreja com as suas diversas perspectivas teológicas. Além disso, nós éramos a única igreja em um distinto bairro da cidade. Por isso, nos movíamos lenta e deliberadamente. Foram necessários quase quatro anos para a igreja trabalhar essas tensões. No fim das contas, a congregação votou a favor de se alinhar exclusivamente a convicções evangélicas de verdade bíblica, e o grupo comunitário foi convidado a se desassociar da igreja, o que eles fizeram, mas não sem lágrimas e tristeza.
Tem sido um prazer servir outras igrejas como pastor e pastor interino ao longo dos anos, e tiveram líderes capazes e eficazes que amavam o Senhor e estavam dispostos a seguir o ensinamento bíblico. Na minha primeira igreja e nas subsequentes, aprendi alguns princípios sobre como lidar com pessoas difíceis. Aqui estão oito:
  1. Ore. É necessário que isso seja dito, pois na oração nós entregamos a questão a Deus e à obra do Espírito Santo de fazer a vontade de Deus. Orar não é pedir que seja feito do meu jeito, mas do jeito de Deus. É pedir por sabedoria, discernimento, coragem, graça e paciência, qualidades que precisamos especialmente no trabalho com líderes difíceis.
  2. Trabalhe com aqueles que você consegue. Busque aqueles que amam o Senhor e a sua verdade e estão comprometidos com o bem-estar da igreja. Discipule-os e encoraje o envolvimento deles na liderança.
  3. Pregue a Bíblia graciosa e redentivamente. Pregação cuidadosa, atenciosa e criteriosa tem um grande potencial de ajudar pessoas difíceis a amadurecerem na fé e a crescerem em piedade. Também edifica aqueles que têm um profundo comprometimento com a verdade de Deus, para que acompanhem você e trabalhem com pessoas difíceis na igreja.
  4. Seja honesto, mas discreto. Não faça fofocas sobre pessoas difíceis, mas esteja disposto a humildemente, mas diretamente, confrontá-las — ou "amor-frontar" como David Augsberger gosta de dizer — na esperança de que elas mudem ou vão embora. Às vezes é melhor fazer isso com um líder de confiança ao seu lado. Isso evita que conversas sobre o evento se tornem a sua palavra contra a da outra pessoa, sempre que a questão for além da conversa privada.
  5. Tenha uma visão de longo prazo. Deus é paciente, e a forma como ele tece as coisas é frequentemente diferente da nossa. Perceba que somos apenas parte do seu plano para a igreja. Uma pessoa planta, outra rega, mas é Deus quem dá o crescimento.
  6. Lembre-se que os membros pertencem a Deus. Nós nos referimos aos membros como "minha igreja", mas sabemos que eles pertencem a Deus, não a nós. Assim, podemos entregá-los a Deus — às vezes com lágrimas e frustração — sabendo que Deus opera todas as coisas de acordo com o seu bom propósito.
  7. Confie em Deus. Alguém disse certa vez: "Deus é quem dá a cura; eu sou apenas o cuidador".  Essa perspectiva nos capacita a confiar que Deus agirá conforme ele desejar para o bem dos membros e para o bem maior da igreja.
  8. Aprenda com a experiência. Um sábio líder cristão disse certa vez para um grupo do qual eu fazia parte: "Experiência pessoal é o único tipo de experiência que eu já tive".  Então, não se desculpe pela experiência, incluindo os erros, mas aprenda a partir deles, sabendo que Deus usa a nossa experiência pessoal como campo de treinamento para futuros conflitos. Assim como a maioria dos pastores, eu prefiro ser um guardião da paz do que um pacificador, mas também aprendi que dolorosas experiências passadas, como na minha primeira igreja, me ajudam a lidar com dificuldades futuras com confiança e humildade (e essas duas qualidades podem conviver juntas).
Todo ministério, incluindo trabalhar com pessoas difíceis, é obra de Deus. Por isso podemos ser profundamente gratos, mesmo que seja doloroso e nós nem sempre entendamos o que está acontecendo. Afinal, não se trata de nós, mas de Deus.
Tradução: Alan Cristie

Versículo do dia:

Israel serviu por uma mulher e por ela guardou o gado. (Oséias 12.12)

Jacó, enquanto contendia com Labão, descreveu o seu trabalho árduo: “Vinte anos eu estive contigo, as tuas ovelhas e as tuas cabras nunca perderam as crias, e não comi os carneiros de teu rebanho. Nem te apresentei o que era despedaçado pelas feras; sofri o dano; da minha mão o requerias, tanto o furtado de dia como de noite. De maneira que eu andava, de dia consumido pelo calor, de noite, pela geada; e o meu sono me fugia dos olhos” (Gênesis 31.38-40). A vida de nosso Senhor, neste mundo, foi muito mais repleta de labor do que a de Jacó. Ele cuidou de todas as suas ovelhas, até que, finalmente, disse como sua prestação de contas: “Não perdi nenhum dos que me deste” (João 18.9). Os cabelos de Jesus foram molhados pelo orvalho, e o sono fugiu dele. O Senhor Jesus esteve em oração toda a noite, lutando por seu povo. Numa noite, teve de rogar por Pedro; noutra, alguém mais clamava por sua aflitiva intercessão. Nenhum pastor que já se assentou sob o céu frio, poderia ter pronunciado lamentos semelhantes ao que Jesus teria proferido, se tivesse decidido lamentar-se, por causa da severidade de sua obra para obter a sua esposa. É proveitoso meditar demoradamente sobre o paralelismo espiritual existente na atitude de Labão exigir das mãos de Jacó todas as ovelhas. Se alguma ovelha era despedaçada pelas feras, Jacó tinha de compensá-la a Labão. Se alguma das ovelhas morria, Jacó tinha de ser um fiador para todo o rebanho. Não foi a obra do Senhor Jesus em favor de sua igreja o labor de Alguém sob as obrigações de um Fiador, para trazer todos os crentes, em segurança, às mãos dAquele que os colocara sob o seu encargo? Olhe para o laborioso Jacó e verá uma representação dAquele a respeito de quem podemos ler: “Como pastor, apascentará o seu rebanho” (Isaías 40.11).

Versículo do dia:

segunda-feira, 21 de novembro de 2016
 Pleiteaste, Senhor, a causa da minha alma. (Lamentações 3.58)

Observe como o profeta utiliza uma linguagem positiva! Ele não disse: “Espero que o Senhor tenha pleiteado a minha causa”. O profeta apresentou a sua declaração como um fato indiscutível. “Pleiteaste, Senhor, a causa da minha alma”. Por meio da ajuda do gracioso Consolador, lancemos fora todas as dúvidas e temores que, freqüentemente, contaminam nossa paz e nossa consolação. Seja esta nossa oração: que nada tenhamos com a áspera e severa voz de suposição e dúvida; que sejamos aptos a falar com voz clara e melodiosa de certeza plena. Observe como o profeta se expressa com gratidão, atribuindo toda glória somente a Deus! Não ouvimos qualquer palavra a respeito do próprio profeta ou de que ele mesmo estava envolvido no pleito. Ele não atribui, em medida alguma, o seu livramento a qualquer homem; e menos ainda, a seus próprios méritos. O profeta disse: “Pleiteaste, Senhor, a causa da minha alma, remiste a minha vida”. O crente deve cultivar um espírito de gratidão. Especialmente após livramentos, deveríamos preparar canção para nosso Deus. A terra deve se tornar um santuário cheio com os louvores de crentes agradecidos. E cada dia deve ser cheio do incenso agradável das ações de graças. Quão grato Jeremias parecia estar, enquanto recordava as misericórdias do Senhor! Como ele ergueu triunfantemente a sua melodia! Ele havia estado no cárcere e se tornara conhecido como o profeta chorão. Ainda assim, no exato livro chamado Lamentações, tão claro quanto a canção de Miriã, quando ela bateu os dedos contra o tamborim, tão agudo quanto o tom que Débora usou ao cantar, com Baraque, sua melodia de vitória, ouvimos a voz de Jeremias subindo ao céu: “Pleiteaste, Senhor, a causa da minha alma, remiste a minha vida”. Filhos de Deus, procurem ter uma experiência vital da amabilidade do Senhor. Quando vocês a tiverem, falem positivamente a respeito dela, cantem com gratidão e ergam a voz com triunfo

Versículo do dia:

domingo, 20 de novembro de 2016
Evita discussões insensatas. (Tito 3.9)

Nossos dias são poucos, e os gastamos de modo melhor fazendo o bem e não contendendo sobre assuntos de menor importância. No passado, os homens fizeram um mundo de prejuízo por causa de contendas insignificantes e incessantes a respeito de questões sem importância prática. Nossas igrejas sofrem também com guerras mesquinhas sobre pontos obscuros e casos triviais. A discussão não promove o conhecimento mais do que o amor. É tolice semear num campo tão infértil. Questões a respeito de assuntos sobre os quais as Escrituras silenciam, sobre mistérios que pertencem exclusivamente a Deus, sobre profecias de interpretações duvidosas e sobre formas simples de se observar cerimônias humanas – tais questões constituem tolice; e homens sábios evitam-nas. Nosso dever não é suscitar tais questões, nem respondê-las, e sim rejeitá-las completamente. Se observamos o preceito do apóstolo para sermos “solícitos na prática de boas obras” (Tito 3.8), estaremos ocupados demais com serviços proveitosos para termos interesse em esforços vergonhosos, desnecessários e contenciosos. Contudo, há questões que são contrárias a casos tolos, as quais não podemos evitar. Ternos de responder com exatidão e sinceridade perguntas como estas: Eu creio realmente no Senhor Jesus Cristo? Estou renovado no espírito de meu entendimento? Estou andando segundo o Espírito e não segundo a carne? Estou crescendo na graça? O meu falar adorna a doutrina de Deus, meu Salvador? Estou aguardando a vinda do Senhor e vigiando como um servo que espera por seu Senhor? O que mais posso fazer por Jesus? Perguntas como estas exigem urgentemente a nossa atenção. Se costumamos discutir por coisas pequenas, coloquemos nossas habilidades críticas num trabalho muito mais proveitoso. Sejamos pacificadores, esforçando-nos para levar os outros, tanto pelo ensino como pelo exemplo, a evitarem “discussões insensatas”

Versículo do dia:

sexta-feira, 18 de novembro de 2016
Jardim fechado…fonte selada. (Cântico dos Cânticos 4.12)

Nesta metáfora, que tem referência à vida interior do crente, a ideia de segredo é bastante clara. É uma fonte selada. No Oriente Médio, havia fontes sobre as quais se construíam um edifício, de modo que ninguém teria acesso àquelas fontes, exceto os que conheciam a entrada secreta. Assim é o coração de um crente, quando é regenerado pela graça de Deus. Existe uma vida misteriosa no íntimo do crente, um vida que nenhuma habilidade humana pode tocar. É um segredo que outro homem não conhece; não, a própria pessoa que o possui não pode contar ao seu vizinho sobre ele. Este texto inclui não somente a ideia de segredo, mas também a de separação. Essa não é uma fonte comum da qual todos os transeuntes podem beber. É uma fonte guardada e preservada. Ela traz uma marca particular (um selo real), de modo que todos percebam não se tratar de uma fonte comum, e sim pertencente a um proprietário e colocada especialmente separada. Assim é a vida espiritual. Os eleitos de Deus foram por Ele separados no decreto eterno, no dia da redenção, a fim de possuírem uma vida que as demais pessoas não possuem. É impossível para o redimido se sentir à vontade no mundo ou se deleitar nos seus prazeres. No texto existe também a ideia de consagração. O manancial recluso é preservado para o uso de alguma pessoa especial. O coração do crente é um manancial fechado para o uso do Senhor Jesus. Todo crente deve sentir que tem o selo de Deus. Deve ser capaz de afirmar, como Paulo: “Quanto ao mais, ninguém me moleste; porque eu trago no corpo as marcas de Jesus” (Gálatas 6.17). Outra ideia proeminente é a de segurança. Oh, quão segura é a vida interior do crente! Se todos os poderes da terra e do inferno pudessem se unir contra ele, este princípio imortal ainda existiria, pois Aquele que o deu, empenhou sua vida pela preservação deste princípio. E quem lhe fará mal quando Deus é o seu protetor?

VERSÍCULO DO DIA:

quinta-feira, 17 de novembro de 2016
 A ele, pois, a glória eternamente. Amém! (Romanos 11.36)


A ele, pois, a glória eternamente.” Este deveria ser o único desejo do crente. Todos os outros desejos têm de ser subservientes a este. O crente pode desejar prosperidade em seus negócios, mas somente ao ponto em que tal prosperidade o ajude a promover a glória de Deus -“A ele, pois, a glória eternamente”. O crente pode ter o desejo de obter mais dons e mais virtudes, porém isso deve acontecer tão-somente para a glória de Deus. Você não está agindo como deveria, se é impulsionado por qualquer outro motivo que não a consideração exclusiva da glória de Deus. Como crente, você é de Deus, e existe por causa de Deus; então, viva para Deus. Nunca permita que outra coisa faça seu coração bater tão forte como o faz seu amor por Ele. Como um crente, permita que esta ambição incendeie a sua alma. Que este seja o alicerce de cada empreendimento no qual você ingressa, e seu encorajamento quando seu zelo começar a esfriar. Faça de Deus seu único objetivo. Dependa desta ambição. Onde o ego começa a manifestar-se, ali a tristeza o acompanha. Mas, se Deus for meu supremo deleite e único propósito, Para mim tanto faz se o amor ordena Minha vida ou minha morte, bem-estar ou dor. Permita que seu desejo pela glória de Deus seja crescente. Você bendisse o Senhor em sua juventude, mas não se contente apenas com os louvores que Lhe deu naquela época. Deus o fez prosperar em seus negócios? Dê-Lhe mais, porque Ele tem dado mais. Deus lhe deu experiência, louve-O por meio de uma fé mais firme do que aquela demonstrada no princípio. Seu conhecimento está aumentando? Então, cante com mais doçura. Você está desfrutando de tempos mais felizes do que tinha antes? Tem sido restaurado de uma doença, e a sua tristeza foi transformada em alegria e paz? Em sua vida, dê-Lhe honra de forma prática, colocando o “amém” neste cântico de louvor ao seu grande e misericordioso Senhor, por meio de adoração individual e de crescimento em santidade.

LIBERTE-SE DA ANSIEDADE. PARE DE FAZER PROJEÇÕES NEGATIVAS PARA VOCÊ!

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus. (Filipenses 4.6)
Liberte-se da ansiedade. Pare de fazer projeções negativas para você.

Paulo em sua carta aos filipenses  dá este conselho aos membros daquela igreja, dizendo para que eles não andassem ansiosos e que tudo colocassem nas mãos de Deus, apresentando seus pedidos através da oração.
Este conselho foi dado há quase 2 mil anos, porém ele nunca foi tão atual, pois vivemos um tempo em que as pessoas sofrem por conta da ansiedade, ficam doentes e desenvolvem outros males, como a depressão e a síndrome do pânico. 
É isto mesmo, não é nada fácil nos livrar daquelas preocupações que nos levam a projeções futuras sempre muito pessimistas, onde começamos em nosso pensamento a antecipar os fatos e sempre com final infeliz, ou seja, o final pode até ser, realmente, ruim, mas o nosso sofrimento começa muito antes de isto acontecer.
E o que é a ansiedade? A ansiedade é uma reação aflitiva do espírito que receia que alguma coisa aconteça ou não e, esta expectativa, causa desconforto físico, psíquico, intranquilidade, medo, receio ou sofrimento e, tudo isso, pode provocar manifestações físicas no ser humano, tais como: cansaço, falta de sono, confusão, dores no peito, palpitações, enfim uma série de sintomas que acabam afetando as atividades normais das pessoas.
Onde estamos querendo chegar com este artigo? Que mensagem estamos querendo transmitir? A resposta é chamar a atenção para o fato de que, se você prestar bem a atenção, a maioria das projeções ruins que fazemos para nós não se concretiza, elas são resultados das preocupações constantes que rondam a nossa mente e tudo o que o inimigo quer é que vivamos prisioneiros destes pensamentos pessimistas.
Então, a ordem é se libertar destas amarras da ansiedade, é olhar para Deus e crer nas palavras que estão escritas nestes versos, de que não devemos viver prisioneiros das preocupações constantes, que acabam se tornando um hábito e entregar os nossos problemas para Ele, pedindo a Sua ajuda, colocando no Seu altar todas as nossas ansiedades, crendo que Ele está trabalhando a nosso favor.
É fácil? É claro que não, se fosse não existiria tanta gente doente por conta da ansiedade que acomete milhões de pessoas neste mundo, porém ou nós cremos em Deus ou vamos continuar vivendo acorrentados pelas preocupações, medos, receios, nestes tempos atuais. 
É importante salientar que, em todas as situações existe uma parte que nos cabe, não se esqueça disso,  e, por isso, devemos ver bem qual é a nossa parte em qualquer processo e fazê-la, já que Deus não fará o que cabe a nós. É como aquele irmão que está em sérias dificuldades financeiras, pede a Deus que o ajude, mas continua em sua carteira com cinco ou seis cartões de credito, é claro que nada acontecerá e a sua situação financeira continuará a mesma.
Para finalizar, gostaríamos de enfatizar que os problemas existem para todas as pessoas, não existe quem não tenha problema, o grande lance é saber lidar com eles, é acreditar que Deus pode estar em silêncio, mas não nos esqueceu, é fazer a nossa parte, colocar o que está fora do nosso alcance para Ele e crer que nunca seremos abandonados. Agindo assim traremos calma aos nossos corações e conseguiremos, então, vencer essa doença. 

VERSÍCULO DO DIA:

 "A minha porção é o SENHOR, diz a minha alma". (Lamentações 3.24)

O profeta não disse: “O Senhor é uma parte de minha porção” ou: “O Senhor está em minha porção”. Mas o Senhor mesmo é toda a herança de minha alma. Dentro deste círculo, encontra-se tudo o que possuímos ou desejamos. O Senhor é a minha porção, não a sua graça meramente, nem o seu amor, nem a sua aliança, mas o próprio Jeová. Ele nos escolheu como sua porção, e nós O escolhemos como a nossa porção. É verdade que primeiramente o Senhor tem de nos escolher, pois, do contrário, não O escolheríamos para nós mesmos; O Senhor é nossa porção toda-suficiente. Deus completa a Si mesmo, e se Ele é todo-suficiente em Si mesmo, deve ser todo suficiente para nós. Não é fácil satisfazer aos desejos dos homens. Quando eles sonham que estão satisfeitos, imediatamente acordam para a percepção de que há algo mais adiante e a ganância em seu coração grita: “Dá-me! Dá-me!” Mas tudo pelo que podemos anelar é sermos encontrados como parte do quinhão divino, de modo que perguntemos: “Quem mais tenho eu no céu? Não há outro em quem eu me compraza na terra” (Salmos 73.25). Podemos muito bem nos deleitar no Senhor, que nos faz beber do rio de seus prazeres. Nossa fé abre as suas asas e sobe como águia ao céu do amor divino como seu próprio lugar de habitação. “Caem-me as divisas em lugares amenos, é mui linda a minha herança” (Salmos 16.6). Alegremo-nos sempre no Senhor. Mostremos ao mundo que somos um povo feliz e abençoado, induzindo-os a exclamar: “Iremos convosco, porque temos ouvido que Deus está convosco” (Zacarias 8.23).

VERSÍCULO DO DIA:

sexta-feira, 11 de novembro de 2016
Por baixo de ti, estende os braços eternos. (Deuteronômio 33.27)

Deus, o Deus eterno, é o nosso amparo em todo o tempo, especialmente quando estamos mergulhados em profunda aflição. Há ocasiões em que o crente passa por intensa humilhação. Tendo um grande senso de sua pecaminosidade, o crente é prostrado diante de Deus, a ponto de quase não saber como orar. E, aos seus próprios olhos, ele parece tão indigno. Filho de Deus, lembre-se: ao passar por grande humilhação, os braços eternos do Senhor estão por baixo de você. O pecado pode levá-lo ao abatimento, mas a grande expiação realizada por Cristo ainda está por baixo de tudo. O crente às vezes afunda profundamente, em dolorosas provações externas. Se você não pode contar com nenhum amparo terreno, então, o que deve fazer? Por baixo de você ainda continuam os braços eternos. Você não pode cair em aflição e tristeza tão profundas, que a aliança da graça de um Deus sempre fiel não esteja a circundá-lo. O crente pode estar se afundando em aflição proveniente do seu íntimo, por meio de conflito intenso; todavia, mesmo nesta condição, ele não pode chegar a um ponto tão profundo, que fique além do alcance dos braços eternos -eles estão por baixo do crente. Enquanto somos sustentados desta maneira, os esforços de Satanás para prejudicar-nos são inúteis. Esta segurança de amparo é um conforto para qualquer crente que está fatigado por trabalhar com dedicação no serviço do Senhor. Ela inclui a promessa de fortalecimento para cada dia, graça para cada necessidade e poder para cada obrigação. E, além disso, quando a morte chegar, esta promessa ainda se mantém firme. Quando estivermos no meio do Jordão, diremos como Davi: “Não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo” (Salmos 23.4). Nós desceremos à cova, mas, não mais fundo que isso, pois os braços eternos previnem a queda maior. Por toda vida, e ao seu fim, seremos segurados pelos “braços eternos” -braços que não cansam nem perdem a força, pois o SENHOR, o Criador dos fins da terra, nem se cansa, nem se fatiga” (Isaías 40.28).

VERSÍCULO DO DIA:

quinta-feira, 10 de novembro de 2016
 O Deus eterno é a tua habitação. (Deuteronômio 33.27)

A palavra “habitação” poderia ser traduzida “mansão” ou “lugar permanente”. Isto nos dá o pensamento de que Deus é nossa habitação, nosso lar. Existe doçura e plenitude nessa metáfora, visto que o lar é um lugar querido para nós, mesmo que se trate de uma casa simples. Muito mais querido é o nosso bendito Deus, em quem “vivemos, e nos movemos, e existimos” (Atos 17.28). É em casa que nos sentimos seguros. O mundo está do lado de fora, e habitamos tranqüilos no interior da casa. De modo semelhante, quando estamos com o nosso Deus, não sentimos qualquer temor (Salmos 23.4). Ele é o nosso abrigo, nosso lugar de descanso, nosso refúgio. Em casa, achamos descanso após a fadiga e o labor do dia. De modo semelhante, nosso coração acha descanso em Deus quando, fatigados pelos conflitos da vida, buscamos-Lhe e nossa alma permanece em tranqüilidade. Em casa, também, deixamos nosso coração livre; não tememos ser mal-interpretados. Quando estamos com Deus, podemos ter comunhão abertamente com Ele, revelando-Lhe todos os nossos desejos secretos. Se “a intimidade do SENHOR é para os que o temem” (Salmos 25.14), a intimidade daqueles que O temem deveria estar com o Senhor. A casa é também o lugar da mais verdadeira e pura felicidade. É em Deus que nosso coração encontra seu mais profundo deleite. NEle temos uma alegria que ultrapassa todas as alegrias. É em favor de nossa casa que trabalhamos e labutamos. Este pensamento nos dá forças para suportarmos os fardos do cotidiano, e apressa os dedos para desempenhar a tarefa; neste sentido, também podemos dizer que Deus é nossa casa. O amor por Ele nos fortalece. Pensamos em Deus na pessoa de seu querido Filho, e um simples vislumbre da face sofredora do Redentor nos constrange a trabalharmos por sua causa. Sentimos que temos de trabalhar, pois ainda ternos irmãos a serem salvos, e temos de alegrar o coração de nosso Deus por trazer de volta seus filhos desgarrados. Felizes são aqueles que têm o Deus de Jacó como seu refúgio!

DEZ DISCIPLINA DE UM HOMEM PIEDOSO

quarta-feira, 9 de novembro de 2016
Exercita-te na academia de Deus


Homens, jamais chegaremos a lugar algum na vida sem disciplina, mais ainda quando se trata de assuntos espirituais. Nenhum de nós é inerentemente justo, portanto as instruções de Paulo com respeito à disciplina espiritual em 1 Timóteo 4.7-8 assume uma urgência pessoal: “Exercita-te, pessoalmente, na piedade. Pois o exercício físico para pouco é proveitoso, mas a piedade para tudo é proveitosa, porque tem a promessa da vida que agora é e da que há de ser”. Essa palavra, “exercita-te”, vem da palavra grega da qual derivamos a palavra “academia”. Portanto, convido você para a academia de Deus – para um pouco de dor e um ganho formidável!
 1. Disciplina da pureza
A sensualidade é o maior obstáculo à santidade entre os homens cristãos. A queda do Rei Davi devia não apenas nos ensinar, mas botar para correr a sensualidade que há dentro de nós! Encha-se com a Palavra de Deus – memorize passagens como 1 Tessalonicenses 4.3-8, Jó 31.1, Provérbios 6.27, Efésios 5.3-7 e 2 Timóteo 2.22. Procure alguém que o ajudará a manter sua alma fiel a Deus. Uma mente pura é impossível se você vê TV e filmes descuidadamente ou visita sites pornográficos (1 Tessalonicenses 4.3-7). Desenvolva a consciência divina que susteve José: “Como, pois, cometeria eu tamanha maldade e pecaria contra Deus?” (Gênesis 39.9).
 2. Disciplina dos relacionamentos
Para ser tudo o que Deus quer que você seja, acrescente algum suor santo em seus relacionamentos! Se você é casado, você precisa viver Efésios 5.25-31: “Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela” (v. 25). Para aqueles que são pais, Deus apresenta um treinamento em uma frase pungente: “E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor” (Efésios 6.4). Relacionamentos não são opcionais (Hebreus 10.25); eles nos capacitam a desenvolvermo-nos no que Deus quer que sejamos e, de forma mais eficaz, a aprender e viver a verdade de Deus.
 3. Disciplina da mente
A possibilidade de possuir a mente de Cristo (1 Coríntios 2.16) traz à baila o escândalo da igreja de hoje – cristãos que não pensam de forma cristã, deixando nossas mentes indisciplinadas. O apóstolo Paulo entendeu isso bem: “Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento” (Filipenses 4.8). Cada ingrediente é uma questão de escolha pessoal. Você jamais poderá ter uma mente cristã sem ler as Escrituras com regularidade, pois você não pode ser influenciado por aquilo que não conhece.
 4. Disciplina da devoção
Ler a Palavra de Deus é essencial, mas a meditação incorpora a Palavra e responde: “Agrada-me fazer a tua vontade, ó Deus meu” (Salmo 40.8). Além de instruções como Efésios 6.18-20, há duas boas razões para orar. Quanto mais que expomos nossas vidas ao sol incandescente da vida justa de Cristo, mais sua imagem será gravada em nosso caráter. A segunda razão é que a oração submete nossas vontades à vontade de Deus. Muitos homens não têm uma vida devocional eficaz porque nunca planejam por ela; eles nunca expõem suas vidas à sua luz pura.
 5. Disciplina da integridade
Dificilmente podemos exagerar a importância da integridade para uma geração de crentes tão parecidos com o mundo em conduta ética. Mas os benefícios da integridade – caráter, uma consciência limpa, intimidade profunda com Deus – prova a sua importância. Devemos deixar a palavra de Deus traçar nossas linhas de conduta. Nosso discurso e ações devem ser intencionalmente verdadeiros (Provérbios 12.22; Efésios 4.15), apoiado pela coragem de manter nossa palavra e defender nossas convicções (Salmo 15.4). Um antigo ditado resume isso: “Semeie um ato, e você colhe um hábito. Semeie um hábito, e você colhe um caráter. Semeie um caráter, e você colhe um destino”.
 6. Disciplina da língua
“Se alguém supõe ser religioso, deixando de refrear a língua, antes, enganando o próprio coração, a sua religião é vã” (Tiago 1.260. O verdadeiro teste da espiritualidade de um homem não é sua habilidade para falar, mas, antes, sua habilidade de controlar sua língua! Oferecida a Deus em um altar, a língua tem um poder incrível para o bem. É preciso que haja devoção e determinação contínuas para nos disciplinarmos: “Quem guarda a língua guarda a sua alma” (cf. Provérbios 21.23).
 7. Disciplina do trabalho
Em Gênesis 1.1-2.2 encontramos Deus, o Criador, como um trabalhador. Uma vez que “criou Deus o homem à sua imagem” (1.27), a maneira como trabalhamos revelará o quanto permitimos que a imagem de Deus se desenvolva em nós. Não há distinção entre secular e sagrado; todo trabalho honesto devia ser feito para a glória de Deus (1 Coríntios 10.31). Devemos recuperar a verdade bíblica de que nossa vocação é um chamado divino e, assim, ser liberados para exercê-la para a glória de Deus.
 8. Disciplina da perseverança
Hebreus 12.1-3 apresenta uma descrição da perseverança em quatro mandamentos. Despoje-se! “Desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia” (v. 1). Isso inclui o pecado residual e qualquer outra coisa que atrapalhe. Corra! “…com perseverança, a carreira que nos está proposta” (v. 1). Cada um de nós pode terminar nossa corrida (ver também 2 Timóteo 4.1). Foque! “Olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus” (v. 2). Nunca houve um milésimo de segundo em que ele não confiou no Pai. Considere! Nossa vida deve ser usada considerando como Jesus viveu (v. 3).
 9. Disciplina da igreja
Você não precisa ir à igreja para ser um cristão; você não precisa ir para casa para ser casado. Mas em ambos os casos, se você não faz isso, você terá um relacionamento muito deficiente! Você nunca atingirá sua masculinidade espiritual plena, nem sua família alcançará sua maturidade espiritual sem compromisso com a igreja. Procure uma boa igreja, e comprometa-se inteiramente com ela. Sua participação deve incluir apoio financeiro, mas também incluir doar seu tempo, talentos, habilidades e criatividade para a glória de Deus.
 10. Disciplina da liberalidade
Como podemos escapar do poder do materialismo? Ao dar com um coração transbordante da graça de Deus, como os crentes na Macedônia, os quais “deram-se a si mesmos primeiro ao Senhor” (2 Coríntios 8.5): é aqui que a graça de dar deve começar. Dar desarma o poder do dinheiro. Embora deva ser regular, dar também deve ser espontâneo e sensível às necessidades. E deve ser prazeroso – “Deus ama a quem dá com alegria” (2 Coríntios 9.7). E Jesus disse: “Mais bem-aventurado é dar do que receber” (Atos 20.35).
Enquanto malhamos as disciplinas de um homem piedoso, lembremo-nos, com Paulo, daquilo que nos estimula a vivê-las – “não eu, mas a graça de Deus comigo” (1 Coríntios 15.10).

Versículo do dia:

terça-feira, 8 de novembro de 2016
 Como recebestes Cristo Jesus, o Senhor. (Colossenses 2.6)

A vida de fé é representada como receber um ato que implica exatamente o oposto de qualquer coisa que envolve mérito. É simplesmente a aceitação de um dom. Assim como a terra embebe a chuva, o mar recebe a água dos rios, e a noite aceita a luz das estrelas, assim também nós, sem oferecermos nada, participamos gratuitamente da graça de Deus. Por natureza, os crentes não são fontes ou torrentes. São apenas cisternas para as quais a água da vida flui. São utensílios vazios nos quais Deus derrama a sua salvação. O ato de receber implica um senso de realização, de tornar uma questão em realidade. Ninguém pode receber uma sombra. Recebemos aquilo que é substancial. Na vida de fé, Cristo se torna real para nós. Enquanto não temos a fé, Cristo é somente um nome para nós -uma pessoa que viveu há muito tempo, há tanto, que sua vida é apenas um fato histórico para nós hoje! Por meio de um ato de fé, Jesus se torna uma pessoa real na consciência de nossa alma. Mas receber também significa tomar posse. A coisa que recebo se torna minha, eu a tomo para mim. Quando recebo a Jesus, Ele se torna meu Salvador. Jesus se torna tão meu, que nem a vida nem a morte poderão roubá-Lo de mim. Tudo isto é receber Cristo -tomá-Lo como um presente de Deus, concebê-Lo em meu coração, e apropriar-me dele como meu. A salvação pode ser descrita como um cego recebendo visão, um surdo recebendo audição, um morto recebendo vida. Contudo, não temos apenas recebido estas bênçãos; temos recebido o próprio Senhor Jesus Cristo. É verdade que Ele nos deu vida dentre os mortos; Ele nos deu perdão dos pecados; Ele nos deu justiça imputada. Todas estas bênçãos são preciosas, mas não estamos contentes com elas; temos recebido o próprio Senhor Jesus! O Filho de Deus se derramou em nós, e O recebemos e O tomamos. Quão cheios, então, deveríamos ser, visto que o próprio céu não pode conter a Jesus!

Doce hora de oração: Petição

segunda-feira, 7 de novembro de 2016


Doce hora de oração: Petição















Texto: Mateus 7:7-11

Introdução: Hoje continuando no nosso tema sobre a oração. Chegamos ao único aspecto com o qual estamos mais familiarizados ... petição. A petição é aquele aspecto da oração dado a pedir a Deus coisas pessoais específicas. Buscar uma benção altruísta espiritual ou material não é antibíblico. Observamos a oração de Jabez no domingo passado. Jabez pediu a Deus para abençoá-lo e Deus lhe concedeu seu pedido.

Encontramos este princípio em todas as Escrituras. É uma regra de Deus. Considere este texto de hoje: Mateus 7:7-11. Jesus nos disse para "Pedí, e dar-se-vos-á". Quando Jesus encarou o cego em Marcos capítulo 10 Ele perguntou: "Que queres que eu te faça?" Certamente o Senhor sabia que o homem era cego, mas Ele queria que ele declarasse sua necessidade. A petição não é tanto a nossa porta de abertura do céu para liberar o poder de Deus como deve estar o nosso coração aberto para receber o que Deus já está ansioso para nos dar. Jesus ensinou Seus discípulos a orar: "Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia". Hoje à noite queremos considerar algumas chaves importantes para peticionar a Deus.

I. Nossas petições devem ser específicas.

A. Desejamos respostas específicas às nossas orações, por isso devemos fazer petições específicas ao Senhor.
B. Nossas petições nunca devem ser tão gerais que nós não a reconheceríamos cada vez que Deus responder às nossas orações.
C. Nem as nossas petições devem ser tais que nos esquecemos do que oramos anteriormente.
D. Uma grande ajuda para isso é manter cuidadosamente uma lista de oração e atualizá-la periodicamente.

II. Nossas petições devem ser completas.

A. Cada pedido deve ser cuidadosamente pensado antes de ser apresentado.
B. Precisamos evitar petições superficiais como "Senhor, abençoe ... e Senhor, ajude ...".
C. Quanto mais específica e completa a petição, mais fé é gerada quando a apresentamos a Deus.

III. Nossas petições devem ser sinceras.

A. As atitudes pessoais são importantes quando apresentamos nossas petições diante de Deus.
B. Quando nos levantamos da oração, devemos ser capazes de dizer: "Eu sei o que eu pedi a meu Pai, e espero uma resposta".
C. Deus conhece nossos corações ... podemos enganar os outros, mas não podemos enganar a Deus!
D. Motivos errados na oração muitas vezes são a razão pela qual não vemos os resultados que desejamos.
E. Tiago nos adverte sobre nossas petições no capítulo quatro:
1. "Não o tendes, porque não pedis"
2. "Pedis, e não recebeis, porque pedis mal"
3. Deus está realmente preocupado com nossas atitudes na oração.

IV. Nossas petições devem ser simples.


A. Embora devêssemos analisar um problema e pensá-lo antes de apresenta-lo a Deus.
B. Não deve ser longo e complicado.
C. Algumas das maiores orações são feitas por crianças ... simples e específicas.
D. Algumas ajudas para fazer sua petição a Deus.
1. Peça ao Espírito Santo para lhe ajudar a reivindicar apenas aqueles desejos que trarão honra e glória a Deus.
2. Faça uma lista (mental ou real) de necessidades específicas que você tem e apresente cada necessidade a Deus.
3. Tome tempo para explicar por que deseja uma resposta ao seu pedido.
4. Examine frequentemente seus motivos para reivindicar uma petição.

Conclusão: A verdadeira resposta é cultivar a intimidade com Deus, inclinando-se à supremacia de Jesus.

Um autor desconhecido fez um grande resumo da oração ensinado por Jesus que servirá como nossa conclusão nesta noite:

- Eu não posso dizer "nosso" se eu viver apenas para mim.
- Eu não posso dizer, "Pai" se eu não me esforço cada dia para agir como Seu filho.
- Não posso dizer, "santificado seja o teu nome" se eu estiver brincando com o pecado.
- Não posso dizer "venha o seu reino" se eu não permitir que Deus reine em minha vida.
- Não posso dizer "dá-nos hoje o nosso pão de cada dia" se estou confiando em mim mesmo, em vez de na provisão de Deus.
- Eu não posso dizer, "perdoa-nos as nossas dívidas" se eu estou guardando rancor ou retendo o perdão de outra pessoa.
- Eu não posso dizer, "não nos deixes entrar em tentação" se eu me coloco deliberadamente em seu caminho.

Versículo do dia:

sábado, 5 de novembro de 2016
Toda arma forjada contra ti não prosperará. (Isaías 54.17)

Este é um dia notável na história da Inglaterra por causa dos três grandes livramentos que Deus realizou. O primeiro, ocorrido em 1588, foi a completa destruição da armada espanhola pelo sopro do Altíssimo. Em 1605, neste dia, foi descoberto o plano para destruir a Casa do Parlamento. Hoje é também o aniversário da chegada do rei William III a Torbay, em 1688, por meio do que uma monarquia protestante e a liberdade religiosa foi assegurada. Este dia tem de ser celebrado não segundo as descontroladas celebrações da juventude, mas com muitos hinos pelos crentes ingleses. Os pais puritanos fizeram deste dia uma ocasião especial de ações de graça. Há recordações dos sermões anuais pregados por Matthew Henry sobre este dia. Nosso amor e sentimento por liberdade religiosa deveria nos fazer considerar este dia com santa gratidão. Nosso coração e lábios devem exclamar: “Ouvimos, ó Deus, com os próprios ouvidos, e nossos pais nos têm contado as maravilhosas coisas que fizeste nos dias deles e na antiguidade”. Tu fizeste desta nação um lar para o evangelho. Quando o inimigo se levantou contra ela, Tu a protegeste. Ajuda-nos a oferecer canções repetidamente para livramentos repetidos. Dá-nos mais e mais ódio ao mal e apressa o dia de sua completa extinção. Até então, permaneceremos em tua promessa: “Toda arma forjada contra ti não prosperará”. Neste dia, não deveria ser colocado no coração de cada amante do Evangelho de Jesus o apelo à destruição das falsas doutrinas e à extensão da verdade divina? Não seria bom sondar nosso próprio coração e erradicar qualquer traço de justiça própria que possa ocultar-se lá dentro?

Versículo do dia

sexta-feira, 4 de novembro de 2016
Versículo do dia: O poder se aperfeiçoa na fraqueza. (2 Coríntios 12.9)

Uma qualificação primária para servirmos a Deus com alguma medida de sucesso, e para fazer o trabalho de Deus bem e triunfantemente, é um senso de nossa própria fraqueza. Quando o soldado de Cristo avança para a batalha com orgulho, pensando: “Sei que vencerei; meu braço direito e minha espada vencedora trarão a vitória”, a derrota não está muito distante. Deus não irá com esse homem, que marcha em sua própria força. Aquele que conta com a vitória desta maneira está vendo as coisas de modo errado, pois: “Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito, diz o SENHOR dos Exércitos” (Zacarias 4.6). Aqueles que vão à guerra se orgulhando de sua bravura, retornarão com as bandeiras arrastadas no chão e a sua armadura manchada com desgraça. Aqueles que servem a Deus têm de servi-Lo na maneira e no poder dele, pois, se não o fizerem deste modo, Deus nunca aceitará o serviço deles. O que o homem faz sem o auxílio da força divina, Deus nunca pode reconhecer. Deus lança fora os meros frutos da terra. Ele colherá apenas a semente plantada do céu, regada pela graça e amadurecida pelo sol do amor divino. Deus esvaziará tudo o que você tem antes de implantar as coisas dele mesmo. Ele primeiro esvaziará seus celeiros antes de enchê-los com o melhor trigo. O rio de Deus está cheio de água, mas nenhuma gota desse rio jorra de fontes terrenas. Deus não terá nenhuma força usada em suas batalhas, exceto a força que Ele mesmo infunde. Você está lamentando a sua própria fraqueza? Tenha coragem, pois é necessário haver conscientização de sua fraqueza, antes que o Senhor lhe dê a vitória. A escassez de vigor é apenas uma preparação para que seja cheio; o seu abatimento é tão-somente um preparo para a sua exaltação. Quando sou fraco, então sou forte, A graça é meu escudo e Cristo minha canção.

Versículo do dia: Ele está orando. (Atos 9.11)

quinta-feira, 3 de novembro de 2016
Versículo do dia: Ele está  orando. (Atos 9.11)

As orações são instantaneamente observadas no céu. No momento em que Saulo começou a orar, o Senhor o ouviu. Isto traz descanso à alma atribulada que ora. Frequentemente, uma pessoa aflita e triste dobra os joelhos, mas pode expressar o seu lamento apenas na linguagem de suspiros e lágrimas. Contudo, esse gemido tem feito todas as harpas do céu vibrarem em músicas. Essas lágrimas são apanhadas por Deus e entesouradas no céu. “Recolheste as minhas lágrimas no teu odre” (Salmos 56.8) implica que são apanhadas enquanto fluem. O suplicante cujos temores obstruem as palavras será entendido pelo Altíssimo. O suplicante pode tão-somente erguer os olhos embaçados, mas oração é o cair de uma lágrima. As lágrimas são diamantes do céu, e os suspiros, parte da música da corte de Jeová. Elas são contadas juntamente com as mais sublimes melodias que chegam à Majestade, no céu. Não pense que a sua oração, embora seja fraca ou inconstante, será desconsiderada. A escada de Jacó é alta, mas a nossa oração subirá as suas voltas cintilantes e repousará sobre o Anjo da aliança. Nosso Deus não somente ouve a oração, mas tem prazer em ouvi-la. Ele “não se esquece do clamor dos aflitos” (Salmos 9.12). É verdade que Deus não atenta a olhos altivos e palavras imponentes; não leva em conta a pompa e o esplendor de reis. Deus não ouve o volume da música marcial. Ele não atenta ao triunfo e arrogância dos homens. Mas, onde houver um coração repleto de tristeza, lábios tremendo com agonia, um profundo gemido ou suspiros de arrependimento, ali o coração de Jeová estará. Ele registra isso no livro de recordações. Ele coloca as nossas orações, como folhas de rosas, entre as páginas de seu livro de lembranças, e, quando o livro for aberto, no final, exalará uma preciosa fragrância. A fé não pede sinal dos céus, Para mostrar que a oração foi ouvida, Nosso Sacerdote está em seu lugar santo, E do trono da graça, ela é respondida.

Uma coisa necessária para a reforma da América Latina

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Todo e qualquer indivíduo que abre uma Bíblia pela primeira vez, o faz munido de uma cosmovisão. Iniciamos a leitura com um conjunto de valores e pressuposições absorvidas da família, professores, autores, filmes e outras fontes culturais de informação.
Dado que nossas perspectivas são situadas geograficamente, não é surpresa que a cosmovisão e abordagem à Escritura no Hemisfério Sul seja diferente do Hemisfério Norte. Do Iluminismo em diante, muitos no Ocidente – incluindo cristãos – aprenderam a separar o natural do sobrenatural. Isto nos deixou com um cristianismo dividido ao ponto que, de acordo com o livro “Understanding Folk Religion”, “a maioria dos missionários ensinou o cristianismo como a resposta para as questões últimas e eternas da vida, e a ciência baseada na razão como a resposta aos problemas deste mundo”.
Subtração versus adição
No Ocidente, o principal problema tem sido, em muitos casos, o liberalismo – subtração da revelação de Deus. A expressão definitiva dele é encontrada no teólogo alemão Rudolf Bultmann (1844-1976), que procurou remover os elementos sobrenaturais da Bíblia. Mas no Hemisfério Sul, onde eu moro e pastoreio, nosso principal problema não tem sido o liberalismo; está sendo a heresia – acréscimo à revelação bíblica. Muitos desses “acréscimos” vieram a nós por meio de experiências místicas tais como visões e sonhos.
O racionalismo no Ocidente diz: “O homem tem a autoridade para subtrair Palavra de Deus”. Mas o misticismo no Hemisfério Sul diz: “O homem tem a autoridade para acrescentar à Palavra de Deus”. Para o racionalismo ocidental, a cosmovisão dominante é a modernidade ou a pós-modernidade. Mas para uma grande porcentagem do Hemisfério Sul, a cosmovisão dominante é o animismo.
Inundado com animismo
O cruzamento entre cristianismo e animismo perverteu o cristianismo ortodoxo no Sul. Essas duas cosmovisões têm, muitas vezes, se fundido, em vez de se chocado, criando uma alternativa sincretista. Perguntas sobre a finalidade do cânon bíblico são abundantes; assim também são as perguntas sobre sua autoridade.
Demolir estas questões é um subconjunto de discipulados cristãos. Animistas convertidos deixam de acreditar nas mentiras comunicadas por espíritos maus; no entanto, como é típico dos novos convertidos, eles muitas vezes mantêm a crença de que Deus fala com frequência através de anjos, aparições divinas, sonhos, visões e outras revelações que contradizem a Palavra de Deus. Os relatos dessas experiências tornaram-se a norma em muitos cultos, reuniões de oração e encontros de “avivamento”. Com muita frequência, essas experiências oferecem nada mais do que religião sincretista – heterodoxia resultante do choque entre sua antiga cosmovisão animista e sua nova cosmovisão bíblica.
A revelação especial de Deus não é negada no Hemisfério Sul; ela é “suplementada”, mesmo entre aqueles que reivindicam ser evangélicos. Eles tentam “cristianizar” suas antigas crenças e práticas. É por isso que existem muitas “superstições evangélicas” no Hemisfério Sul.
Você poderia dizer que o desafio não vem através da porta frontal da inerrância bíblica, mas da porta dos fundos da revelação extra-bíblica.
O que tudo isso significa, portanto? Para quem serve no Sul, o desafio normalmente não é persuadir as pessoas de que Deus se revelou, mas convencê-las de que a Escritura é sua revelação completa e final.  As doutrinas da revelação divina e da autoridade bíblica – bem como a crença em um cânon fechado – são fundamentais em um solo inundado de “profetas” e “apóstolos”.
Contrastando visões de autoridade
No Hemisfério Sul, a autoridade da Palavra de Deus tem sido comprometida tanto nos círculos católico-romanos como nos evangélicos. A Igreja Católica chegou a dizer o seguinte:
É claro, portanto, que a sagrada Tradição, a Sagrada Escritura e o Magistério da Igreja, segundo um sapientíssimo desígnio de Deus, estão de tal maneira ligados e conjuntos, que nenhum pode subsistir sem os outros e, todos juntos, cada um a seu modo, sob a acção do mesmo Espírito Santo, contribuem eficazmente para a salvação das almas.
No Ocidente secular, a autoridade última reside no raciocínio do indivíduo; no Sul Católico, a autoridade reside no raciocínio da igreja.
Aqui está uma amostra de como o conceito de autoridade se desenvolve com bastante frequência no Hemisfério Sul:
 • Animistas pensam que existem “seres espirituais” ou entidades que possuem poder e autoridade;
 • Católicos Romanos aprendem que, quando se trata de questões espirituais, a autoridade da Bíblia e da tradição da igreja estão em pé de igualdade;
 • Modernistas creem que a ciência possui a autoridade suprema;
 • Evangélicos creem que a Escritura possui a autoridade suprema.
Philipe Jenkins classifica o Hemisfério Sul cristão como conservador e fundamentalista, no geral. Isso pode ser verdadeiro até certo ponto, mas muitos dos que reconhecem a Escritura como a autoridade suprema também acreditam na mais recente declaração extra-bíblica feita por um “apóstolo” ou “profeta” que visitou suas congregações recentemente. Pessoas governadas por um regime ditatorial podem ser facilmente convencidas a submeter-se a líderes autocráticos com personalidades imponentes. Em muitos casos, tais líderes tornam-se a autoridade funcional suprema sobre os crentes, em vez de Cristo e sua Palavra.
Para remediar isso, o Sola Scriptura deve virar o brado de guerra da reforma latino-americana.
Escrevi este pequeno ensaio na esperança de que meus irmãos cristãos no Hemisfério Norte entendam melhor as diferenças entre os dois hemisférios. Isso nos ajudará a alcançar melhor o Hemisfério Sul com o evangelho, confiando na soberania de Deus e na suficiência de sua Palavra.

O QUE SIGNIFICA O DIA DA REFORMA

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Um único evento em um único dia mudou o mundo. Era 31 de outubro de 1517. O irmão Martinho, um monge e professor, havia lutado durante anos com sua igreja, a igreja de Roma. Ele ficara muito perturbado ao contemplar uma venda de indulgências sem precedentes. A história tem todas as personagens e elementos de um grande filme de Hollywood. Vamos conhecer o elenco.
Em primeiro lugar, havia o jovem bispo — jovem demais segundo leis da igreja — Albert de Mainz. Ele não somente era bispo de dois bispados, mas desejava um arcebispado adicional sobre Mainz. Isso também era contra as leis da igreja. Então, Albert apelou ao Papa em Roma, Leão X. Da família De Médici, Leão X avidamente seguia sua ambição para aumentar ainda mais seus recursos financeiros. Adicione a este elenco os artistas e escultores, Rafael e Michelangelo.
Quando Albert de Mainz apelou para uma concessão papal, Leão X estava pronto para negociar. Albert, com a bênção papal, queria vender indulgências para pecados passados, presentes e futuros. Tudo isso atormentou o monge Martinho Lutero. Nós podemos comprar o nosso caminho para o céu? Lutero precisava falar.
Mas por que 31 de outubro? 01 de novembro tinha um lugar especial no calendário da igreja, como o Dia de Finados. Em 01 de novembro de 1517, uma grande exposição de relíquias recém-adquiridas estaria em exibição em Wittenberg, cidade em que Lutero residia. Peregrinos viriam de todos os lugares, fariam genuflexão diante das relíquias e pagariam para remover centenas, se não milhares, de anos no purgatório. A alma de Lutero angustiou-se ainda mais. Nada disso parecia ser correto.
Martinho Lutero, um estudioso, pegou a pena, mergulhou-a em seu tinteiro e escreveu as suas 95 Teses em 31 de outubro de 1517. Essas tinham a intenção de iniciar um debate, de modo a provocar algum exame de consciência entre os seus irmãos companheiros da igreja. As 95 Teses causaram muito mais do que um debate. As 95 Teses também revelaram que a igreja estava muito além de restauração. Era necessária uma reforma. A igreja e o mundo nunca mais seriam os mesmos.
Uma das 95 teses de Lutero simplesmente declara: “O verdadeiro tesouro da Igreja é o evangelho de Jesus Cristo”. Por si só, esse é o significado do Dia da Reforma. A igreja tinha perdido de vista o evangelho, porque tinha há muito tempo encoberto as páginas da Palavra de Deus com camadas e camadas de tradição. A tradição sempre implica em sistemas de obras, em merecer o seu caminho de volta para Deus. Isso foi verdade quanto aos fariseus e foi verdade também quanto ao Catolicismo Romano medieval. O próprio Cristo não diz: “Meu jugo é suave e o meu fardo é leve”? O Dia da Reforma celebra a alegre beleza do libertador evangelho de Jesus Cristo.
O que é o Dia da Reforma? É o dia em que a luz do evangelho irrompeu na escuridão. Foi o dia em que começou a Reforma Protestante. Foi um dia que levou Martinho Lutero, João Calvino, John Knox e muitos outros reformadores a ajudarem a igreja a encontrar o caminho de volta para a Palavra de Deus como a única autoridade de fé e de vida, e a levou de volta às gloriosas doutrinas da justificação pela graça somente através fé em Cristo somente. Ele acendeu as chamas de esforços missionários, levou à escrita de hinos e louvor congregacional, e levou à centralidade do sermão e pregação ao povo de Deus. É a celebração de uma transformação teológica, eclesiástica e cultural.
Portanto, nós celebramos o Dia da Reforma. Este dia nos faz lembrar de sermos gratos por nosso passado e ao monge que se tornou reformador. Além disso, este dia nos lembra de nosso dever, nossa obrigação de mantermos a luz do evangelho no centro de tudo o que fazemos.