Israel serviu por uma mulher e por ela guardou o gado. (Oséias 12.12)
Jacó, enquanto contendia com Labão, descreveu o seu trabalho árduo: “Vinte anos eu estive contigo, as tuas ovelhas e as tuas cabras nunca perderam as crias, e não comi os carneiros de teu rebanho. Nem te apresentei o que era despedaçado pelas feras; sofri o dano; da minha mão o requerias, tanto o furtado de dia como de noite. De maneira que eu andava, de dia consumido pelo calor, de noite, pela geada; e o meu sono me fugia dos olhos” (Gênesis 31.38-40). A vida de nosso Senhor, neste mundo, foi muito mais repleta de labor do que a de Jacó. Ele cuidou de todas as suas ovelhas, até que, finalmente, disse como sua prestação de contas: “Não perdi nenhum dos que me deste” (João 18.9). Os cabelos de Jesus foram molhados pelo orvalho, e o sono fugiu dele. O Senhor Jesus esteve em oração toda a noite, lutando por seu povo. Numa noite, teve de rogar por Pedro; noutra, alguém mais clamava por sua aflitiva intercessão. Nenhum pastor que já se assentou sob o céu frio, poderia ter pronunciado lamentos semelhantes ao que Jesus teria proferido, se tivesse decidido lamentar-se, por causa da severidade de sua obra para obter a sua esposa. É proveitoso meditar demoradamente sobre o paralelismo espiritual existente na atitude de Labão exigir das mãos de Jacó todas as ovelhas. Se alguma ovelha era despedaçada pelas feras, Jacó tinha de compensá-la a Labão. Se alguma das ovelhas morria, Jacó tinha de ser um fiador para todo o rebanho. Não foi a obra do Senhor Jesus em favor de sua igreja o labor de Alguém sob as obrigações de um Fiador, para trazer todos os crentes, em segurança, às mãos dAquele que os colocara sob o seu encargo? Olhe para o laborioso Jacó e verá uma representação dAquele a respeito de quem podemos ler: “Como pastor, apascentará o seu rebanho” (Isaías 40.11).
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