quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

EU CONTINUO ACREDITANDO NA IGREJA!

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Há pouco fiquei sabendo a história de um líder evangélico que afirmou ter vergonha da igreja e de que evita contar para as pessoas do seu convivio que é pastor.

Pois é, ao contrário deste irmão eu ainda continuo acreditando na igreja. Sim! Tenho uma imensa alegria em dizer que amo a igreja do meu Senhor.

Apesar das indiossincracias e incongruências da Igreja eu ainda creio nela. Apesar dos pilantras deste tempo que comercializam a olhos vistos a fé, sinto-me honrado de ter sido vocacionado por Deus para o ministério pastoral. Apesar dos falsos apóstolos que comercializam a fé evangélica, eu continuo acreditando na igreja.

Apesar dos adeptos da teologia da prosperidade possuirem um número incontável de simpatizantes, eu continuo acreditando na igreja.

Apesar dos vendilhões do templo que vendem sementes e unções escalafobéticas, eu continuo acreditando na igreja.

Apesar dos lobos travestidos de ovelhas que enganam multidões em nome de Cristo, eu continuo acreditando na igreja.

Apesar de alguns pastores terem abandonado as Escrituras trocando-as pela psicologia e psicanálise, eu continuo acreditando na igreja.

Apesar de alguns pastores terem abandonado as doutrinas da graça em detrimento ao evangelho da barganha e da troca, eu continuo acreditando na igreja.

Apesar de alguns pastores terem judaizado o evangelho, eu continuo acreditando na igreja.

Apesar de alguns pastores terem "hierarquizado" o reino, criando oficios patriarcais eu continuo acreditando na igreja.

Apesar de alguns pastores valorizarem muito mais os seus transloucados atos proféticos em detrimento a Palavra de Deus, Eu continuo acreditando na igreja.

Prezado amigo, a Igreja foi criada por Cristo. Ela é composta de gente falha, pecadora e cheia de limitações, todavia, continua sendo de Cristo.

Diante do exposto, afirmo sem titubeios que continuo crendo na Igreja do Deus vivo como a única coluna e baluarte da verdade.

Faço minhas as palavras do Credo Apostólico: “Eu creio na igreja, pura, santa e verdadeira”.

DESEJO UM FELIZ NATAL A TODOS!

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Apanhando Gravetos- A Viúva de Sarepta

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Sarepta era uma pequena cidade costeira fora das fronteiras de Israel, pertencia ao domínio de Sidon e era governada por pagãos. Por toda região, no reinado de Acabe, houve uma grande seca. Por três anos e seis meses nem uma gota sequer de água caiu do céu. Esta seca, fora predita pelo profeta Elias, que perseguido por corruptos governantes, se refugia junto ao ribeiro de Querite. Elias ficou em Querite, sendo sustentado pelos corvos até o riacho secar. Deus cuidou de Elias para que não morresse de fome, já que não podia andar livremente pela região, o lugar e as circunstâncias que vivia o profeta, eram incomuns. Ninguém sabia seu paradeiro, a não ser Deus.
Certo dia Elias acorda e não vê corvos, nem comida, nem água. O riacho havia secado. Ele precisava partir, algo novo lhe esperava. Quem ordena que o riacho seque é o próprio Deus que lhe aponta um novo caminho, nova direção: “Levanta-te, vai para Sarepta, que é de Sidom, e habita ali; eis que eu ordenei ali a uma viúva que te sustente” I Rs 17:9.

Quando “o riacho” seca, é hora de recomeço. Chegando a Sarepta, a porta da cidade, está uma viúva, apanhando gravetos. Não era lenha, eram gravetos. Lenha é para fogo alto. Gravetos, para pequeninas chamas, que rapidamente se tornam em brasa, sinal de pouca comida. Elias, cansado da viagem, cumprimenta a mulher e lhe pede um pouco de água e também pão: “Não tenho comida em casa, só um punhado de farinha e um pouco de azeite, vês, só peguei dois gravetos, vou prepará-lo para mim e meu filho para que comamos e morramos” I Rs 17:12

A reação de Elias, diante da confissão da viúva, é inusitada. Ele pede que o alimento seja dado primeiramente para ele, assim Deus multiplicaria o azeite e a farinha até a chegada da chuva. Sem questionar, a mulher obedece e a Palavra do Senhor se cumpre, dando-lhe fartura de víveres.

Os Gravetos:

A viúva de Sarepta não entregou apenas as primícias da refeição para Deus, mas tudo que tinha. Os gravetos se multiplicaram em sua casa. A noticia se espalhou e logo vieram pedintes. Muitas outras pessoas foram alimentadas. Ali estava, uma viúva solitária, em território pagão, falando do Deus de Israel e de suas maravilhas. E ela nem era do povo escolhido! Jesus, disse que muitas viúvas havia em Israel na época da grande fome, mas apenas a uma das viúvas, foi enviada providência. Lc 4:25.

A fé de uma gentia moveu o coração de Deus. Israel era tão populoso, uma vida, representa uma porta tão estreita... Onde estariam os judeus? Adorando a Baal? Se curvando a Jezabel, Acabe? Esperando que estes lhes trouxessem chuva? Estariam murmurando? Ao contemplar essa passagem Bíblica, temo pela Igreja. Teríamos a mesma fé da mulher que atraiu Elias até Sarepta? Estaria a igreja hoje como os judeus da época de Elias?

No apanhar dos gravetos, a viúva de Sarepta, teve um encontro com o Deus de Israel, a quem ela buscava e temia. Sua vida estava por um fio, se Elias não tivesse chegado, a morte a alcançaria. Como está sua vida? Chegou ao limite dos gravetos? Entregue os poucos que lhe restam para Deus, confie e Ele lhe dará vida, em abundância. Não entregue sob medida, mas por inteiro. Saiba que para Deus, não existe distância, barreira ou circunstância, tudo que Ele quer é um coração que lhe adore, com todas as forças. Ele mesmo removera "a fome", multiplicará “o azeite e a farinha”.

VIRANDO A MESA - Jz.1:7

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Introdução: Virar a mesa é uma expressão popular que significa sair de um estado de humilhação e fracasso, assumindo um posicionamento vitorioso. A Bíblia nos mostra exemplos abençoadores de situações assim, em que pessoas saíram de um estado vegetativo, assumindo uma postura triunfante em meio ao fracasso. Veja essa história, pequena e escondida no livro de Juízes, parecendo até sem sentido, mas nada na Bíblia é sem sentido.

1) Adoni-Bezeque, maioral dos cananeus, rei de Bezeque, capturou e prendeu setenta reis. Após despojá-los, os submeteu a terríveis humilhações:

a) Cortando seus polegares: Tirando todo o equilíbrio, destreza e firmeza. Não conseguiam mais fazer o que faziam na guerra e nas artes. Como um rei vive sem ter dedos polegares das mãos e dos pés? Foram inutilizados. Adoni-Bezeque fez isso para apoderar-se deles. Como segurar uma arma em uma guerra sem o dedo polegar? Como caminhar de forma equilibrada sem os polegares dos pés?

Aplicação: Talvez este seja seu estado hoje. Ao olhar para trás, vê tantas promessas, tantos sonhos de um futuro promissor esvaindo-se pelo ralo. Nasceu para ser rei, mas alguma coisa aconteceu no percurso da vida, que te castrou os dedos, e hoje, vive sem nenhuma perspectiva, humilhado pelo Adoni-Bezeque do inferno (Diabo).

b) Fazendo-os comer migalhas: Migalhas não são sobras. Sobras já são humilhantes, mas pelo menos ainda estão em cima da mesa. Migalhas são descartáveis. São Farelos ou grãos que caem das mesas ao chão, ou para serem varridas ou comidas por animais domésticos (Mat.15:27). Ser humano normalmente não come. Imagine um rei acostumado com as lautas refeições palacianas agora comendo miseráveis migalhas? E o pior, sem equilíbrio manual para apanhar as migalhas. Era bem possível que apanhavam com a boca, como os cães. Isso era inconcebível e humilhante para reis.

Aplicação: Nem sobras lhe restam. Somente migalhas. Favores alheios que nem sempre vem. É a esperança naquela cesta básica da Assistência Social. Naquele irmão benevolente, etc.

c) Sujeitando-os a humilhação debaixo de uma mesa: É inconcebível para um rei deixar o palácio e morar numa choupana, agora imagine parar debaixo de uma mesa de um tirano, escravizado e sem direito nem a reclamar ou reagir, pois se reclamar lhe tiram até as migalhas. Aqueles reis foram rebaixados de sua realeza, sem herança, sem coroa, sem futuro.

Aplicação: Amado em Cristo, ouça o que vou lhe dizer: debaixo da mesa é o fundo do poço para quem quer que seja. De lá é quase que impossível sair com esforço pessoal. Parece que esse é o fim? Ainda não.
Virando a Mesa

2) Primeiro o Senhor vai vingar Adoni-Bezeque, pagar com a mesma moeda os males que ele fez. Deus é o primeiro a aplicar a linda lei da semeadura, um grande princípio espiritual que Ele mesmo criou: “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará”. As tribos de Judá e Simeão fizeram mais do que isso: Mataram o maléfico Adoni-Bezeque.

Aplicação: A justiça divina é implacável. Ninguém pode cometer barbáries a torto e direito, imaginando que nunca será abatido. Deus ainda continua no trono, e vingará o sangue de seus mártires e justos que clamam: “E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, ainda que tardio para com eles?” (Luc.18:7)

3) Como é o final de quem está debaixo da mesa: A Bíblia não diz o que aconteceu aqueles reis. Mas podemos supor que as tribos de Judá e Simeão os tenha libertado daquele jugo, pois, se o algoz que os escravizou foi morto, é bem possível que tenham sido libertados e devolvidos às suas condições reais, ainda que desprovidos dos polegares das mãos e dos pés. Mas agora tinham servos para alimentá-los, cuidar deles.

4) Lembremo-nos aqui de uma história semelhante do garoto Mefibosete. Leia II Sam. 9 e compare as histórias.

Conclusão: Você será convocado por Deus para reassumir a sua realeza espiritual. O Senhor Jesus veio a este mundo para julgar e vingar Adoni-Bezeque. Você vai virar a mesa, e vai comer nela, na presença dos seus inimigos (Sal.23:5). Amém.

LIDERES (de) FORMADOS

domingo, 5 de dezembro de 2010

O tema mais em voga nos dias atuais, dentro da agenda da igreja evangélica brasileira, é “liderança”, só perdendo para shows musicais. São centenas de eventos: congressos, conferências, seminários, workshops, palestras, cursos etc. Sempre muito concorridos, mesmo sendo alguns deles caros para os padrões de eventos evangélicos.

São diversos os nomes disputados nesse “mercado” de palestras: Professor Menegatti, Max Lucado, Bill Hybels, Rodolfo Montosa, professor Gretz, Rick Warren, Charles Swindoll e muitos outros. Mas no momento a bola da vez é o palestrante norte-americano John Maxwell, com seu projeto "Um Milhão de Líderes", já realizado em diversas cidades brasileiras. A espera para contratá-lo para ministrar em um evento pode levar mais de dois anos, isto se o projeto enviado previamente for aprovado pela sua assessoria. Seus livros já venderam mais de 11 milhões de cópias e seus seminários são verdadeiros sucessos, tanto em igrejas como em empresas seculares. Um verdadeiro pop star!

Realmente precisamos de mais líderes capacitados e que os atuais sejam mais bem preparados, tanto intelectualmente como com técnicas e ferramentas facilitadoras para atingirem resultados mais positivos. Minha crítica aqui vai na direção do foco que está sendo dado nesses treinamentos e da ausência de ênfase na tarefa principal da igreja, que é fazer missões.

Às vezes fico com a impressão de que há um interesse velado de ser líder pelo status que isso oferece, ser líder pela liderança em si, deixar de ser subalterno dentro do grupo a que se pertence. E a culpa não é só dos participantes, mas também dos palestrantes, que colocam o tema “liderança cristã” como um projeto de carreira profissional, da mesma forma como ocorre dentro das empresas, o sonho de se chegar no topo, ser o CEO (CEO – Chief Executive Officer) da igreja e da sua denominação.

Tenho analisado os temas das programações e vejo que passam por tudo: propaganda e marketing, uso da tecnologia, mídia e comunicação, relacionamento e influência etc. Nunca se fala do desafio, digno de qualquer líder evangélico responsável, que é a necessidade de alcançar os povos ainda não evangelizados, nunca se fala em santidade e sim de ética etc. E quando se usa a Bíblia, usa-se num escandaloso erro de hermenêutica e desrespeito pela Palavra de Deus. Quem nunca ouviu esses palestrantes dizerem que Habacuque 2,2-3 se referia ao outdoor; sobre as técnicas que Jesus usava para influenciar as pessoas, como naquele episódio em que pegou crianças no colo, ganhando assim a simpatia do povo, como fazem hoje os políticos em campanhas, enfim, são muitos os abusos. Nesses eventos Jesus deixa de ser salvador para ser um executivo que tinha um grande projeto comercial, que em tese foi fundar a maior religião do mundo. Basta pesquisar os sites das editoras evangélicas ou não para encontrar esses autores.

Não nos deixemos enganar! Se a nossa missão no mundo estiver desvinculada daquilo que disse Judas 23, que é salvar alguns da grande ira divina, teremos sido mais uma religião, cegos guiando outros cegos. Que esses novos líderes entendam e sintam o que Paulo sentia: "... eu sinto dores de parto até que Cristo seja formado em vós" (Gálatas 4.19).