A MENTIRA DOS ABORTISTAS

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

A confissão do médico que fundou a liga pró-aborto nos EUA: eles mentiram sobre o número de abortos, o número de mortes e as pesquisas. E atacavam de forma deliberada os cristãos. Era uma tática para ganhar a opinião pública

Vocês sabem que eu não sou do tipo que “esquece” determinados temas. Há leitores que reclamam um pouco disso. Lamento por estes. Considero “não esquecer” uma virtude. Já demonstrei aqui a escandalosa mentira sobre o número de mulheres mortas em decorrência de abortos clandestinos: ONGs e lobbies em favor da descriminação do aborto falam em 200 mil vítimas. Eleonora Menicucci, ministra das Mulheres, foi à ONU ser “sabatinada” (sinto vergonha até de escrever isso) e engoliu o número como verdadeiro. Faz sentido. Ela, como militante pró-aborto, ajudou a fabricá-lo. O próprio ministro da Saúde admite que esse número deve ser, no mínimo, dividido POR CEM! Também é estúpida a suposição de que se fazem um milhão de abortos por ano no país.
Abortistas exibem esses números fantasiosos e acusam de “fundamentalismo religioso” todos aqueles que ousam contestar suas mentiras, como se apenas os crentes se opusessem à prática, o que é falso. Ocorre, meus queridos, que trabalhar com números falsos e demonizar as igrejas são atitudes que integram uma atuação de caráter político, militante.
Abaixo, reproduzo trecho de uma conferência do médico americano Bernard N. Nathanson, proferida no Colégio Médico de Madri. Nathanson morreu no dia 21 de fevereiro de 2011, aos 85 anos. Foi um dos fundadores da Associação Nacional para a Revogação das Leis de Aborto, militante ativo da causa. Ginecologista e obstetra, confessou ter realizado mais de 5 mil abortos. Converteu-se, depois, em defensor incondicional da vida. A íntegra de seu texto está aqui. Peço que vocês prestem atenção às táticas às quais Nathanson admite ter recorrido para ganhar a opinião pública e a imprensa. Vejam se isso lhes lembra alguma coisa. Os entretítulos são meus. Volto depois.
É preciso trabalhar com números mentirososÉ uma tática importante. Dizíamos, em 1968, que na América se praticavam um milhão de abortos clandestinos, quando sabíamos que estes não ultrapassavam de cem mil, mas esse número não nos servia e multiplicamos por dez para chamar a atenção. Também repetíamos constantemente que as mortes maternas por aborto clandestino se aproximavam de dez mil, quando sabíamos que eram apenas duzentas, mas esse número era muito pequeno para a propaganda. Esta tática do engano e da grande mentira se se repete constantemente acaba sendo aceita como verdade.
É preciso ganhar os meios de comunicação e a universidadeNós nos lançamos para a conquista dos meios de comunicações sociais, dos grupos universitários, sobretudo das feministas. Eles escutavam tudo o que dizíamos, inclusive as mentiras, e logo divulgavam pelos meios de comunicações sociais, base da propaganda.
É importantíssimo que vocês se preocupem com os meios de comunicações sociais porque, segundo explicam os fatos, assim se infiltrarão as idéias entre a população. Se na Espanha esses meios não estão dispostos a dizer a verdade, vocês se encontram na mesma situação que criamos nos EE. UU.em 1968/69, quando contávamos através desses meios todas as mentiras que acabo de mencionar.
É preciso apresentar pesquisas falsasOutra prática eram nossas próprias invenções. Dizíamos, por exemplo, que havíamos feito uma pesquisa e que 25 por cento da população era a favor do aborto e três meses mais tarde dizíamos que eram 50 por cento, e assim sucessivamente. Os americanos acreditavam e como desejavam estar na moda, formar parte da maioria para que não dissessem que eram “atrasados”, se uniam aos “avançados”.
Mais tarde fizemos pesquisas de verdade e pudemos comprovar que pouco a pouco iam aparecendo os resultados que havíamos inventado; por isso sejam muito cautelosos sobre as pesquisas que se fazem sobre o aborto. Porque apesar de serem inventadas têm a virtude de convencer inclusive os magistrados e legisladores, pois eles como qualquer outra pessoa lêem jornais, ouvem rádio e sempre fica alguma coisa em sua mente.
É preciso satanizar os cristãosUma das táticas mais eficazes que utilizamos naquela época foi o que chamamos de “etiqueta católica”. Isso é importante para vocês, porque seu país é majoritariamente católico.
Em 1966 a guerra do Vietnam não era muito aceita pela população. A Igreja Católica a aprovava nos Estados Unidos. Então escolhemos como vítima a Igreja Católica e tratamos de relacioná-la com outros movimentos reacionários, inclusive no movimento anti-abortista. Sabíamos que não era bem assim mas com esses enganos pusemos todos os jovens e as Igrejas Protestantes, que sempre olhava com receio a Igreja Católica, contra ela. Conseguimos inculcar a idéia nas pessoas de que a Igreja Católica era a culpada da não aprovação da lei do aborto. Como era importante não criar antagonismos entre os próprios americanos de distintas crenças, isolamos a hierarquia, bispos e cardeais como os “maus”. Essa tática foi tão eficaz que, ainda hoje, se emprega em outros países. Aos católicos que se opunham ao aborto se lhes acusava de estar enfeitiçados pela hierarquia e os que o aceitavam se lhes considerava como modernos, progressistas, liberais e mais esclarecidos. Posso assegurar-lhes que o problema do aborto não é um problema do tipo confessional. Eu não pertenço a nenhuma religião e em compensação estou lhes falando contra o aborto.
Também quero dizer-lhes que hoje nos Estados Unidos a direção e liderança do movimento antiabortista passou da Igreja Católica para as Igrejas Protestantes. Há também outras igrejas que se opõem, como as Ortodoxas, Orientais, a Igreja de Cristo, os Batistas Americanos, Igrejas Luteranas Metodistas da África, todo o Islã, o judaísmo Ortodoxo, os Mórmons, as Assembléias de Deus e os Presbiterianos.
Outra tática que empregamos contra a Igreja Católica foi acusar seus sacerdotes, quando tomavam parte nos debates públicos contra o aborto, de meter-se em política e de que isso era anticonstitucional. O público acreditou facilmente apesar da falácia do argumento ser clara.
(…)
Voltei
Já debati o mérito da questão trocentas vezes, e todos sabem o que penso. O que me interessa neste post é a exposição de uma tática para ganhar a opinião pública. É legítimo que as pessoas se organizem para tentar convencer a sociedade a fazer isso ou aquilo, respeitados direitos fundamentais. Mas mentir não é legítimo. A mentira é coisa de vigaristas.
Querem defender o aborto como legítimo, em nome disso ou daquilo? Cada um que vá à luta segundo as suas convicções. Faço o mesmo. Multiplicar por 100 o número de mulheres que morrem em decorrência de abortos de risco não é defesa legítima de um ponto de vista; é picaretagem. Restringir as críticas à descriminação ou legalização às igrejas é só uma farsa persecutória duplamente qualificada:
a) em primeiro lugar, é mentirosa, porque há pessoas que se opõem à legalização do aborto e são atéias ou agnósticas;
b) em segundo lugar e não menos importante, os crentes têm o mesmo direito de opinar dos não-crentes; constituem, aliás, a maioria das sociedades. Isso não lhes confere, na democracia, o direito de calar a minoria, mas também não confere à minoria o direito de cassar a voz majoritária.
Por que os abortistas precisam mentir? Sua escolha não pode conviver com a verdade? Acharão eles que a mentira é virtuosa quando concorre para a sua tese? É assim que se criam os facínoras: eles costumam mentir em nome da virtude, do bem, do belo e do justo. Ou alguém já viu algum tirano admitir: “Sou mesmo um um tirano, um ser detestável”? Tenho a certeza de que Hitler, Stálin e Mao Tse-Tung tinham a melhor impressão de si mesmos… Estavam certamente convictos de que agiam para garantir à humanidade um futuro glorioso.
Por Reinaldo Azevedo
domingo, 26 de fevereiro de 2012

Usos e Costumes: Doutrinas de Deus ou dos Homens?


Thiago Lima Barros

A questão do comportamento cristão sofre um debate sem paralelo nos últimos duzentos e cinquenta anos. Nesse período, surgiram interpretações sem precedentes anteriores, que terminaram por se tornar majoritárias, ao mesmo tempo em que buscavam justificativas para seus entendimentos ao longo das Sagradas Escrituras. Refiro-me às chamadas doutrinas de usos e costumes, muito em voga principalmente no meio pentecostal histórico, do qual constituem um traço cultural bastante arraigado.

A cerveja do pai da reforma.
Até meados do século XVIII, questões como vestuário, uso do álcool, acesso à informação e à arte seculares, dentre outras, eram desconhecidas da igreja cristã. Mesmo porque o padrão de indumentária europeu era uniforme, as restrições à leitura se restringiam ao Index romanista.

Lutero fabricava sua própria cerveja (na verdade não ele, mas sua esposa Catarina), e Calvino recebia, como parte de seu salário anual em Genebra, sete tonéis de vinho. A igreja era doutrinada a usufruir de tudo com moderação, como produto da Graça de Deus, e não se deixar dominar por nenhuma delas.

Calvino é marca de cerveja européia.
Todavia, o início do movimento metodista nas Ilhas Britânicas veio acompanhado de uma reversão de tendência quanto a esses assuntos, a começar pela questão das bebidas alcoólicas. À época, com o advento da Revolução Industrial, as cidades não oferecem infraestrutura suficiente para atender às demandas da população que aflui do campo para trabalhar na indústria nascente, o que inclui a oferta de água potável. Bebidas destiladas e fermentadas passam a substituir a água. Porém, o ambiente de pobreza extrema em que viviam os operários propicia os excessos no uso de bebidas. A embriaguez se torna uma constante, e se transforma num problema social.

John Wesley foi o primeiro a se insurgir contra os excessos do álcool entre os crentes, e foi o primeiro a articular um movimento de proibição do seu uso. Em seus sermões, Wesley reprovava o uso não-medicinal de bebidas destiladas, como conhaque e uísque, e dizia que muitos destiladores que vendiam seus produtos indiscriminadamente não eram nada mais do que “envenenadores e assassinos amaldiçoados por Deus”. Porém, os Artigos de Religião de Wesley, adotados pela Igreja Metodista Episcopal nos Estados Unidos em 1784, admitiam em seu Artigo XVIII que o vinho é para ser usado na Ceia do Senhor, e preceituavam, no Artigo XIX, que ele deveria ser ministrado a todas as pessoas, e não apenas aos clérigos. Da mesma forma, as recomendações para pregadores metodistas indicam que eles deveriam escolher água como bebida comum e usar o vinho apenas como medicamento ou na Ceia.


O Movimento de Temperança


J. Wesley, o precursor do movimento anti-alcool.
No entanto, o pensamento metodista acerca do assunto era compartilhado por poucas pessoas, até a publicação de um folheto de autoria do médico Benjamin Rush, um dos signatários da Declaração de Independência norte-americana, que deblaterou contra o uso de “espíritos ardentes” (álcool destilado), introduziu a noção de vício e prescreveu a abstinência como única cura.

Apesar da adesão de alguns pregadores proeminentes, o movimento perdeu força durante a Guerra de Secessão, para mais tarde ressurgir por meio da União Feminina pela Temperança Cristã, e foi tão bem sucedido na realização dos seus objetivos que Catherine Booth, esposa do fundador do Exército da Salvação William Booth, observou, em 1879, que quase todos os ministros cristãos estadunidenses haviam se tornado abstêmios. O movimento, liderado por feministas conservadoras como Frances Willard, conseguiu a aprovação de leis anti-álcool em vários estados, e atingiu o seu zênite político em 1919, com a promulgação da Décima Oitava Emenda à Constituição dos Estados Unidos (Lei Seca), que estabeleceu a proibição da venda e consumo de álcool no país inteiro, revogada mais tarde, em 1933, pela Vigésima Primeira Emenda.

Francis Willard ajudou a "secar" os E.U.A.
Inicialmente se opondo apenas ao álcool destilado, a mensagem do movimento de temperança foi mais tarde alterada para defender sua eliminação total, especialmente na Ceia do Senhor. Tal posicionamento foi em grande medida influenciado pelo Segundo Grande Despertar, que enfatizava a santidade pessoal e o perfeccionismo na práxis cristã.

Os efeitos jurídicos e sociais resultantes do movimento, como visto, atingiram seu pico no início do século 20 e começaram a declinar logo depois. Os efeitos sobre a prática da igreja foram principalmente um fenômeno do protestantismo americano. O Pentecostalismo e as Restrições Consuetudinárias – Porém, no ambiente pentecostal, que sofreu, como (e do) Movimento de Temperança um influxo filosófico bastante forte do Movimento de Santidade, (o qual, por sua vez, é resultado direto do Segundo Grande Despertar), o proibicionismo, longe de arrefecer, foi adotado como cláusula pétrea. Afinal, ainda não havia bases teológicas de fundo mais intelectual: tudo era mais voltado ao experiencialismo da glossolalia e da cura divina, o que enfatizava ainda mais a tese de separação artificial do mundo e de suas coisas.

Mais tarde, porém, mesmo com o aprimoramento teológico dos ministros pentecostais, as mudanças de postura foram poucas, e meramente pontuais, fora a tolerância com abusos na rigidez das regras, mormente em locais menos desenvolvidos economicamente. Logo, para além da proibição da ingestão de álcool, surgiriam outras questões nas quais a resposta era uma só: proibido.

Ademais, tanto o pentecostalismo como o neo-pentecostalismo, juntamente com metodistas e grupos afiliados ou decorrentes destes, são os únicos grupos que elevaram tais restrições ao status de doutrina; se não na teoria, pelo menos na prática diária. Os demais ramos da cristandade protestante rechaçam esse tipo de associação, muito embora tambem tenham cometido esse tipo de excesso ao longo da história. Basta ver, nesse ponto, o que sofreram dois músicos cristãos: o alemão Johann Sebastian Bach, que foi obrigado a conter sua criatividade diante do estilo simplório de música imposto pela corte do príncipe calvinista Leopoldo de Anhalt-Köthen; e o brasileiro Luiz de Carvalho, que era anatematizado nos meios batistas por tocar... Violão!

O principe os púlpitos - Spurgeon era fumador de charutos e virou marca. Um outro momento cultural.


Usos e costumes no pentecostalismo brasileiro

Otto Nelson
É com os pentecostais, mormente da Assembleia de Deus, que o proibicionismo do Movimento de Temperança deita suas raízes no Brasil. De início, essa influência não se dá de forma institucional: o debate sobre questões relativas à inserção do pentecostal no mundo, ao contrario do que alguns líderes querem fazer parecer, era intenso e muitas vezes descambava para o rompimento pessoal entre os pastores divergentes. Nessa fase (de 1930 a 1975), o tratamento dessas questões era eminentemente personalista: cada pastor decide acerca das regras comportamentais a serem seguidas pelo rebanho, e muitos o fazem de forma radical.

Foi o caso do presbitério da AD de São Cristóvão (fundada por Gunnar Vingren em 1924), o qual, n’O Mensageiro da Paz da primeira quinzena de julho de 1946, em decisão unilateral datada do dia 4 de junho, sob a presidência do missionário sueco Otto Nelson, estabeleceu regramentos draconianos sobre o vestuário e cortes de cabelo femininos.

Samuel Nyströn
A dureza da Resolução de São Cristóvão, como passou a ser conhecida, aliada à evidente misoginia que a perpassava, não deixaram de ser notadas na 8ª Reunião da Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil, realizada em Recife em fins de outubro do mesmo ano. Os convencionais exigiram a retratação da congregação carioca. Quase no apagar das luzes da rodada de reuniões, o Presidente da CGADB, o tambem missionário sueco Samuel Nyströn, faz publicar um texto intitulado “Dando lugar à operação do espírito”, no qual rechaça o zelo jacobino da Resolução. Não por acaso, Nyströn abre o artigo com a citação do capítulo 4, versículo 6, do livro de Zacarias: “não por força, nem por violência, mas pelo meu Espírito diz o Senhor dos Exércitos”.

Com a refutação, veio a retratação da AD de São Cristóvão, em janeiro de 1947, e um silêncio de 16 anos acerca de questões consuetudinárias. Elas só voltam à baila em 1962, e de forma pontual. Essa tendência é revertida em 1975, com a publicação de uma resolução na 22ª reunião da CGADB, realizada em Santo André (SP), contendo oito restrições comportamentais, de observância obrigatória para os membros das AD’s. Eis a íntegra da mesma:
E ser-me-eis santos, porque eu, o Senhor, sou santo, e separai-vos dos povos, para serdes meus (Lv 20.26).
 
A Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil, reunida na cidade de Santo André, Estado de São Paulo, reafirma o seu ponto de vista no tocante aos sadios princípios estabelecidos como doutrinas na Palavra de Deus - a Bíblia Sagrada - e conservados como costumes desde o início desta obra no Brasil. Imbuída sempre dos mais altos propósitos, ela, a Convenção Geral, deliberou pela votação unânime dos delegados das igrejas da mesma fé e ordem em nosso país, que as mesmas igrejas se abstenham do seguinte:

1. Uso de cabelos crescidos, pelos membros do sexo masculino;
2. Uso de traje masculino, por parte dos membros ou congregados, do sexo feminino;
3. Uso de pinturas nos olhos, unhas e outros órgãos da face;
4. Corte de cabelos, por parte das irmãs (membros ou congregados);
5. Sobrancelhas alteradas;
6. Uso de mini-saias e outras roupas contrárias ao bom testemunho da vida cristã;
7. Uso de aparelho de televisão – convindo abster-se, tendo em vista a má qualidade da maioria dos seus programas; abstenção essa que justifica, inclusive, por conduzir a eventuais problemas de saúde;
8. Uso de bebidas alcoólicas.
Geziel Gomes
Um detalhe interessante: a resolução acima foi lida na Convenção pelo pastor Geziel Nunes Gomes, a pedido do presidente da CGADB à época, pr. Túlio Barros Ferreira, coincidentemente (ou não) responsável pela AD de São Cristóvão. Ambos se desfiliaram da AD anos mais tarde, aderindo às doutrinas heréticas da Confissão Positiva e do G-12.

Daí por diante, a tendência é de recrudescimento dessa postura até 1999, quando, por ocasião do 5º Encontro de Líderes da Assembleia de Deus (ELAD), ocorre uma espécie de aggiornamento assembleiano: sem abrir mão do positivismo exacerbado de Santo André, tenta-se contextualizar as exigências mais como recomendação do que como decálogo (ou octólogo) denominacional. Mas mesmo esse documento padece de um certo “complexo de Gabriela”, numa indisfarçável demonstração de soberba denominacional:

Quando afirmamos que temos as nossas tradições, não estamos com isso dizendo que os nossos usos e costumes tenham a mesma autoridade da Palavra de Deus, mas que são bons costumes que devem ser respeitados por questão de identidade de nossa igreja. Temos quase 90 anos, somos um povo que tem história, identidade definida, e acima de tudo, nossos costumes sãos saudáveis. Deus nos trouxe até aqui da maneira que nós somos e assim, cremos, que sem dúvida alguma ele nos levará até ao fim.

Conclusão
Nas faculdades de Direito, estudamos que o costume é um dos vários meios de integração do ordenamento jurídico, utilizados em virtude do caráter genérico dos textos legais, que não raro apresentam lacunas. Ele deriva da prática reiterada de dado comportamento, devido à convicção sobre sua obrigatoriedade (a qual, se violada, acarretaria alguma sanção), e seu uso deve ser uniforme, constante, público e geral.

Túlio Barros
No entanto, a história dos avivamentos pelos quais a Igreja Cristã passou a partir do século XVIII, malgrado seus benefícios espirituais, teológicos, éticos e sociais, trouxe um grave efeito colateral para essa mesma Igreja: uma prática de usos e costumes nascida não da convicção do corpo iluminado pelo Espírito Santo, como deveria ser, mas do tacão dos líderes. Embora siga uma linha pentecostal clássica, seja neto de assembleianos por parte de pai e creia que a conduta cristã deva ser diferenciada da que é corrente no mundo, creio que essa jurisprudência deve ser escrita nas tábuas do coração, e não imposta de maneira bonapartista pela liderança, por mais bem-intencionada que esta seja.

Nenhum cristão realmente nascido de novo em Cristo, em sua saníssima consciência, vai defender a libertinagem, vestimentas indecorosas, embriaguez, enfim, uma postura de evidente mundanismo. Precisamos, de fato, ser santos como o Nosso Senhor o é. O problema é que, no afã de vivenciar essa santidade, houve um retorno inconsciente ao legalismo mosaico e aos seus rudimentos fracos, e o bebê foi jogado fora junto com a água do banho. Ou seja, a fruição dos bens dados pelo Senhor ao ser humano (quem lê, entenda) foi relegada, em alguns casos, a uma condição de conduta pecaminosa, mesmo que não ofenda as Escrituras em momento algum.

Cuidados com o corpo e o vestuário são pecado? Jamais! Antes, evidenciam o cuidado que temos com o templo do Espírito Santo: nosso corpo. Sem extravagâncias, mas com elegância. E o vinho, não alegra o coração do homem (Sl. 104:15)? E, da mesma forma, a embriaguez é condenada (Pv. 20:1). Sem contar que o mau uso que se faz dos meios de comunicação não os torna invenções de Satanás. Afinal, se a televisão não podia sequer entrar nos lares dos crentes, como os herdeiros dos que contra ela verberavam hoje dela se valem? Enfim, os lineamentos para o usufruto das dádivas de Deus são explícitos na Bíblia: basta segui-los, pois todas as coisas nos são lícitas, mas não nos deixamos dominar por nenhuma delas (I Co. 6:12). Encerro rememorando o rasgo de sensatez que o Nosso Deus e Pai do Nosso Senhor Jesus Cristo bafejou no coração do pastor Samuel Nyströn, por ocasião do debate acerca da Resolução de São Cristóvão, no gracioso libelo “Dando lugar à operação do espírito”, orando ardentemente para que todos os cristãos, lideres principalmente, façam dessas palavras sua prática diuturna de vida:
Em qualquer tempo, lugar ou circunstância, devemos lembrar-nos que não se consegue fazer a obra do Senhor por força nem por meios violentos, resoluções ou imposições, mas a obra do Senhor se realiza pela intervenção criativa de Deus e pela lei do crescimento externo da obra do Senhor, mas igualmente quando se tratar do crescimento interno desta, tanto individual como coletivamente.

Mesmo durante a Dispensação da Lei, a Lei não conseguiu outra coisa senão descobrir e pôr o pecado em atividade, tendo como resultado a morte (...) enquanto a fé não tinha vindo, a Lei teve um alvo como pedagogo: conduzir homens a Cristo. Mas, tendo vindo a fé, não estamos mais debaixo do pedagogo (a Lei), e nem devemos fazer ressuscitar leis ou inventar outras leis para que não fiquemos no lugar dos gálatas, que foram chamados insensatos e a respeito dos quais Paulo temia que todo o seu trabalho se tornasse vão (...) Cristo veio com a graça e, então, a Dispensação da Lei se encerrou. Em lugar do mandamento prévio. que foi ab-rogado por sua fraqueza e inutilidade, pois 'a Lei nada fez perfeito', foi introduzida uma melhor esperança, pela qual nos chegamos a Deus: Cristo, que é nosso Sacerdote, segundo o poder de uma vida indissolúvel (...) Portanto, o que realmente tem valor para nós é ‘a fé que opera por amor’, por isso não nos justificamos pela Lei ou leis, para não sermos decaídos da graça e separados de Cristo (Gl 5.6).

As ordenanças para manifestar humildade e servidade com o corpo servem para satisfazer a carne, o erro, e elas com facilidade arranjam os que se julgam mais santos do que outros, e isto resulta em inchação vã e cria espírito de fariseu, que é o maior impedimento para as bênçãos de Deus.

Há muitos países e muitas formas de se trajar neste mundo, bem como muitos climas diferentes, e tudo isto deve ser considerado, mas como a Palavra de Deus diz: ‘com modéstia e sobriedade’. O que a Escritura ensina em relação a este assunto é que as mulheres devem ser castas e tementes a Deus, tanto as que são casadas como as moças (...) lembremo-nos também que há muitas outras coisas que são igualmente perigosas para a obra do Senhor, que só pelo Espírito Santo poderão ser removidas, como o amor ao dinheiro (...) o homem ostentado justiça própria, criticando tudo e todos, é um indivíduo perigoso para o avanço da unidade da obra do Senhor.
sábado, 25 de fevereiro de 2012
Nenhum Fracasso É Definitivo
"Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece"(Filipenses 4:13).

Phillips Brooks se tornou um professor na Escola Latina de
Boston, Um cargo para o qual ele parecia perfeitamente
qualificado. Ele permaneceu ali apenas alguns poucos meses.
O diretor comentou que Phillips "não mostrava qualquer
evidência de um professor bem sucedido" e disse ainda que
nunca conheceu alguém que falhasse como professor e que
tivesse sucesso em outra ocupação. Aquele fracasso aconteceu
quando Phillips tinha pouco mais de 20 anos de idade.
Phillips Brooks, porém, superou aquele fracasso e se tornou
um dos maiores pregadores da história americana. Nenhum
fracasso é definitivo.

Quando Cristo é o Senhor de nossas vidas, temos a plena
convicção de que as quedas do caminho são apenas um ponto de
partida para um novo recomeço. Não pode existir, no
dicionário espiritual do filho de Deus, palavras como "eu
não posso", "eu não conseguirei", "não há solução para mim",
"o melhor é desistir" e outras semelhantes. Podemos cair e
levantar, podemos fracassar e recomeçar, podemos ouvir um
sim ou um não, podemos encontrar desertos ou campos verdes,
podemos enfrentar tempestades ou desfrutar de uma bela tarde
ensolarada. Podemos tudo e, em tudo, sempre seremos
vencedores.

Se eu erro hoje, com Cristo acertarei amanhã. Se eu estou
desanimado hoje, amanhã, com Cristo, estarei perfeitamente
motivado. Se hoje eu tenho vontade de murmurar, não o farei,
porque amanhã, Cristo me fortalecerá e eu estarei
glorificando o Seu nome. Se o fracasso me visita no dia de
hoje, amanhã ele já terá sido esquecido e as conquistas me
cercarão.

Se você não atingiu ainda seus objetivos, confie, sorria,
logo estará cantando e louvando a Deus por grandes vitórias
e por uma vida de plena felicidade.
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Aprenda a Bíblia sem esforço. Método comprovado!





Facilidades atraem o ser humano. Gostamos de coisas que nos deem resultados rápidos e com o menor esforço possível. Daí a explosão, nas mais diversas áreas da vida, dos golpes que oferecem métodos fáceis, soluções mágicas, esforço mínimo, resultados com pouco ou nenhum trabalho. As pessoas, aos montes, recorrem a essa “lei do menor esforço” para tentar conseguir seus objetivos.

Na esfera espiritual não é diferente. A busca de soluções mágicas, rápidas, fáceis é o que garante o sucesso dos espertalhões da fé que enganam o povo.

“Aprenda a Bíblia sem esforço. Método comprovado”. “Venha ouvir a palavra do pregador “X” e sua vida mudará”. “Traga uma peça de roupa e o pastor determinará a conversão dos seus familiares”. “Leve uma rosa ungida para casa e garanta uma vida sentimental abençoada”. “Faça a campanha “Y” e você será próspero nos negócios”. “Traga uma lâmpada para ungirmos e ela, instalada em algum ambiente, tirará todo o mal dali”. ”Passe o nosso óleo ungido e sua vida mudará da água para o vinho”…

A lei do menor esforço atrai, mas é uma lei falaciosa. Saiba que para conquistar seus objetivos [inclusive espirituais], a lei é a do trabalho, do esforço, da luta. Não tenho nenhum método para aprender a Bíblia sem esforço, pois esse método não existe.

Se quiser aprender a Bíblia terá de dedicar muitas horas ao estudo, à busca da solução de dúvidas, à reflexão, à programação de sua agenda, à prática, etc. Isso se chama esforço e trabalho, e é o método mais eficiente que existe, e o que realmente funciona.

Por isso, cuidado com as ofertas de conseguir qualquer coisa que seja sem esforço. Na maioria das vezes trata-se de golpes [inclusive vindos de líderes espirituais famosos]. Desconfie sempre. Um pouco de desconfiança não faz mal a ninguém.

Finalizo com um ditado que meu pai sempre me diz: “Do céu só cai chuva e avião.”
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
De Quem É A Glória?
"Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer
coisa, fazei tudo para glória de Deus" (
1 Coríntios 10:31) .

Resoluções tomadas por Jonathan Edwards: "Resolução 1: todos
os homens devem viver para a glória de Deus. Resolução 2: se
os outros vivem ou não, eu viverei."

O grande pregador escolheu a melhor maneira de viver.
Certamente teve uma vida abundante e feliz e, como já
escrevi aqui há alguns anos, deixou uma grande descendência
que também glorificou o nome do Senhor.

Quando vivemos para a honra e glória de nosso Senhor Jesus
Cristo, caminhamos com segurança, com o coração cheio de
regozijo, sem motivos para murmurações e certos de que
nossas atitudes serão plenamente agradáveis a Deus.

Ser vitorioso não é ter uma conta milionária no banco, ou
uma mansão próxima à praia, ou uma fazenda cheia de gado
leiteiro. Ser vitorioso é amar a Deus, é glorificar a Deus,
é poder contar com Ele em qualquer situação. Ser vitorioso é
não ter do que se envergonhar, é ser admirado por outros,
não pelo que possui e sim pelo que é. Ser vitorioso é ter a
certeza de que um dia ouvirá o Senhor chamando seu nome,
acrescentado de "bendito de meu Pai".

Muitos vivem para seus próprios interesses. Muitos sonham em
conquistar grandes fortunas. Muitos procuram ser honrados e
alcançar notoriedade. Muitos querem provar que são melhores
que os demais. Esses vivem para sua própria honra e glória.

Mas os que são verdadeiramente felizes, vivem para a glória
de Deus, para honrar Seu santo e bendito nome, para exaltar
o nome do Salvador. Esses sempre andarão de cabeça erguida e
sempre receberão abraços sinceros e gratificantes. Andarão
de mãos dadas com Deus e terão seus nomes escritos no Livro
da Vida, nos Céus.

Você vive para glorificar a quem?

REJEITANDO O MAL

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
"Deixa a ira, e abandona o furor; não te indignes de forma
alguma para fazer o mal" (Salmos 37:8).

uma velha senhora, religiosa, porém, muito mal-humorada,
ficou muito aborrecida porque seus vizinhos se esqueceram de
convidá-la para um piquenique que fariam no domingo
seguinte. Na manhã em que o evento aconteceria, eles
perceberam o esquecimento e enviaram um menino para
convidá-la a vir com eles. "Agora é tarde", ela disse
rispidamente. "Eu tenho orado para chover."

Até que ponto nós, cristãos, temos mostrado atitude
semelhante ao da senhora de nossa história? Até que ponto
temos nos irado por coisas que as pessoas fazem, muitas
vezes, sem a intenção de fazê-lo? Temos deixado o nosso
mau-humor ofuscar o brilho que deveria ser a nossa principal
característica? Temos dado lugar ao diabo, em vez de
demonstrar o amor que o Senhor nos ensinou?

"Eu não vou mais à igreja! O pastor não me atendeu no dia em
que o procurei"; "Eu não vou participar mais do louvor!
Cumprimentei o baterista e ele não retribuiu à minha
saudação". "Não contem comigo no evangelismo! Ninguém
valoriza o que faço"... e seguem-se outras lamúrias,
murmurações, queixas. E, além de não participar, ainda fica
ansiando que tudo dê errado e que os eventos sejam um
fiasco.

O verdadeiro filho de Deus não age dessa maneira. Ele tem
amor no coração e esse amor move todas as suas atitudes. Ele
entende quando o pastor não pode lhe falar, e ora para que
ele possa cumprir todos os seus compromissos. Ele ama aos
irmãos e sabe que, quando não o cumprimentaram, foi porque
estavam distraídos e nem notaram quando lhes falou. Ele vê o
lado bom de todos e os defeitos são ignorados completamente.

O cristão autêntico jamais deseja o mal do seu próximo, e
muito menos dos irmãos. E mesmo quando é ofendido, não
revida e ainda ora para que Deus abençoe o ofensor. De que
adiantaria agir da mesma forma? Que diferença mostraria aos
que não têm Deus no coração? Ele sempre coloca o Senhor em
primeiro lugar e, suas atitudes, sempre procuram glorificar
o nome de Jesus.

O que você costuma desejar a seu próximo, o bem ou o mal?

A SOLUÇÃO FINAL É A SUBMISSÃO A DEUS

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
Thomas C. Simcox
Os apóstolos Pedro e Paulo tinham muito a dizer a respeito da submissão às autoridades, aos patrões e cônjuges (veja Rm 13.1-14; Ef 5.22-6.9; 1 Pe 2.11-3.7). Porém, o ponto relevante – a questão final – é que todas as pessoas, em particular os crentes, devem prontamente e de boa vontade submeter-se a Deus.
Depois que Deus completou a Sua criação, Ele declarou que a submissão à Sua autoridade era obrigatória: “E o Senhor Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2.16-17). Deus deixou Sua posição absolutamente clara: se Adão não quisesse morrer e experimentar a punição, ele e sua descendência precisavam submeter-se à autoridade de Deus. Já que a humanidade fora criada por Deus e para Deus, deveria submeter-se de bom grado a Ele.
Porém, desde o começo as pessoas recusaram submeter-se. Eva foi enganada; e Adão, com seus olhos bem abertos, rebelou-se conscientemente contra a autoridade do seu Criador, e levou toda a humanidade a decair num estado perdido e rebelde. A submissão a Deus traz vida; a rebeldia traz morte.
Mais tarde Deus deu Sua Lei, os Seus Mandamentos, para a Sua nação escolhida, Israel. Ele deixou claro o que esperava dela: “Veio, pois, Moisés e referiu ao povo todas as palavras do Senhor e todos os estatutos; então, todo o povo respondeu a uma voz e disse: Tudo o que falou o Senhor faremos. Moisés escreveu todas as palavras do Senhor e, tendo-se levantado pela manhã de madrugada, erigiu um altar...” (Êx 24.3-4). Os israelitas entenderam o que era exigido para que experimentassem a bênção das mãos de Deus: submissão às Suas leis, Seus estatutos e juízos.
Israel aceitou o acordo: “E tomou o Livro da Aliança e o leu ao povo; e eles disseram: Tudo o que falou o Senhor faremos, e obedeceremos (seremos submissos à Sua autoridade)” (Êx 24.7). Israel prometeu obediência, mas não conseguiu manter seu juramento.
O jovem rei Salomão, profundamente consciente da sua insignificância em relação ao Todo-Poderoso, entendeu que precisava submeter-se a Deus: “O temor do Senhor é o princípio do saber. Filho meu, não te esqueças dos meus ensinos, e o teu coração guarde os meus mandamentos” (Pv 1.7; Pv 3.1). Depois, contudo, Salomão aparentemente rejeitou os mesmos conceitos a que havia aderido e deixou a sua nação em pecado.
Atraídos pelos pagãos à sua volta, os israelitas procuraram outros deuses e abandonaram sua aliança com seu amado Libertador – o Deus de Abrão, Isaque e Jacó.
O Senhor continuou a pedir para Israel submeter-se à Sua liderança e autoridade, lembrando-lhe: “Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra” (2 Cr 7.14).
É incrível que hoje os seguidores de Alá louvam o seu deus curvando-se e prostrando-se com a face em terra. Eles regularmente humilham-se e consagram suas vidas ao livro de Alá e à expansão mundial do islã. No entanto, muitos de nós que pertencemos a Cristo resistimos a humilhar-nos diante dEle e de nos submetermos aos Seus mandamentos.
Jesus nos disse para proclamarmos a mensagem do Evangelho: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28.19). Mas muitos cristãos permanecem em silêncio. Ele nos disse: “Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele” (1 Jo 2.15). Mas muitos de nós no Ocidente somos tão materialistas quanto os não-cristãos. A Palavra de Deus mostra que não podemos amar o Senhor e o mundo ao mesmo tempo.
As Escrituras também requerem que os seguidores do Messias Jesus sejam diferentes, assim como Israel tinha de ser diferente. Israel devia ser uma nação santa, separada do mundo ao redor, como os crentes devem ser hoje: “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos” (Rm 12.1-2).
O Senhor espera que Seus seguidores submetam-se à Sua autoridade, como declarado em Sua Palavra. O profeta Miquéias resumiu a posição de Deus sobre a submissão, afirmando: “Ele te declarou, ó homem, o que é bom e que é o que o Senhor pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus” (Mq 6.8). (Israel My Glory- http://www.chamada.com.br)Divulgação: www.juliosevero.com
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
Podemos Apagar A Lanterna?
"E ela disse a seu marido: Eis que tenho observado que este
que sempre passa por nós é um santo homem de Deus"

(2 Reis 4:9).

O ano era 416 antes do nascimento de Cristo. O filósofo
Diógenes estava em Atenas. Ele caminhava pelas ruas da
cidade, levando uma lanterna, em plena luz do dia. Qual o
motivo? Ele encostava a lanterna junto ao rosto das pessoas,
dizendo: "eu estou procurando por um homem honrado". Ele
nunca o encontrou.

E hoje, seria diferente? O filósofo poderia dizer que
encontrou o homem que tanto buscava? Poderia, finalmente,
apagar a sua lanterna? Poderia olhar para nós, cristãos,
filhos de Deus, e reconhecer uma vida transformada, capaz de
demonstrar, por suas atitudes, um caráter verdadeiramente
honrado?

Quando abrimos o coração para Cristo, precisamos deixar que
Ele assuma o controle de nossas ações. Devemos brilhar e
glorificar o nome de Deus. Devemos ser diferentes das
pessoas que não têm um compromisso com o Senhor. É
necessário que sejamos reconhecidos, com lanterna ou sem
lanterna, como alguém que caminha com o propósito de honrar
e dignificar o nome do Senhor.

Pode Deus dizer para nós: encontrei um filho obediente,
fiel, sincero, amoroso? Pode Ele observar-nos lendo a
Bíblia? Tem Ele prazer em ver que estamos sempre em oração,
colocando nossa vida, nossos anseios, nossas dúvidas, nossas
decisões -- por mais simples que sejam -- em Seu altar?

E os nossos amigos, precisam acender uma lanterna para
enxergar alguma coisa honrada em nós? Ou, como a mulher de
nosso versículo inicial, testificam que somos
verdadeiramente "santos do Senhor"?

Sua vida ainda precisa de uma lanterna?
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Escândalo político com sexo, poder e corrupção, envolvendo pastor e filha, é denunciado pela revista Veja

Escândalo político com sexo, poder e corrupção, envolvendo pastor e filha, é denunciado pela revista Veja

A edição desta semana da revista Veja publicou como matéria de capa a história de uma advogada evangélica que, através da influência do pai, que é pastor, aproximou pastores evangélicos de lideranças políticas em Brasília.
Segundo a reportagem da revista, Christiane Araújo de Oliveira passou a trabalhar no governo do Distrito Federal a convite do delegado aposentado Durval Barbosa, que mais tarde ficou conhecido por fazer parte do esquema de propinas que levou o governador do DF, José Roberto Arruda, à cadeia.
Christiane teria relatado em oito horas de gravações em áudio e vídeo que mantinha relações íntimas com políticos e pessoas de grande influência na República para obter favores e facilitações para a quadrilha chefiada por Durval Barbosa. Nas gravações, Christiane relata um relacionamento com o ministro do Supremo Tribunal Federal, José Antonio Dias Toffoli, quando ele ocupava cargo de advogado-geral da União no governo Lula.
Segundo a advogada evangélica, os encontros aconteciam em um apartamento onde eram armazenadas caixas de dinheiro usado por Durval para comprar políticos. Ela afirma ter entregado ao amante, em um desses encontros, a pedido de Durval, uma gravação em que ele aparecia efetuando pagamentos para políticos . A intenção era mostrar seu poder de barganha à liderança do PT. Toffoli negou ter recebido de Christiane as tais gravações: “Nunca recebi da Dra. Christiane Araújo fitas gravadas relativas ao escândalo ocorrido no governo do Distrito Federal” e afirmou que nunca havia ido ao apartamento mencionado por ela.
O ministro Gilberto Carvalho também é citado por Christiane nas gravações, dizendo que mantém amizade íntima com o secretário geral da presidência da República e que, quando ele era chefe de gabinete do governo Lula, ela teria pedido a ele que interferisse a favor do procurador Leonardo Bandarra, para que ele fosse nomeado Chefe do Ministério Público do Distrito Federal. O pedido, foi atendido, porém atualmente Bandarra está exonerado por ter sido mencionado nos processos que envolviam a máfia brasiliense e responde a cinco processos que estão correndo na Justiça. “Eu não estava nesse circuito do submundo. Estou impressionado com a criatividade dessa moça”, declarou Gilberto Carvalho à reportagem.
O envolvimento do pai de Christiane, o pastor Elói Freire de Oliveira, fundador da igreja “Tabernáculo do Deus Vivo”, em Maceió, aparece na campanha da então candidata a presidente, Dilma Rousseff. Christiane trabalhou no Comitê Central de Dilma, como encarregada de intermediar as conversas com as igrejas evangélicas.
Elói é chamado pelos políticos de Brasília como “profeta” e circula entre as principais figuras políticas do DF. A história de envolvimento de Elói começou com os convites para pregar em outras igrejas, e quando conheceu o pastor André Salles, responsável pela Igreja Evangélica Bíblica da Graça, foi apresentado a Gilberto Carvalho, ao ex-presidente Fernando Collor, ao ex-ministro Adir Jatene, ao governador de Alagoas, a Teotônio Vilela e a ex-ministra Marina Silva.
Com esses contatos, fez fama e facilitou a carreira da filha, que estava, nessa época, estudando direito e morando só em Brasília. Chegou a cobrar R$ 2 mil de cachê para pregar em uma igreja. Atualmente, Elói está afastado dos púlpitos por problemas de fígado, e os cultos da igreja Tabernáculo tem estado vazios, por causa de um suposto adultério cometido pelo pastor. Sua esposa, Maria de Fátima, chegou a se separar dele por alguns meses, e atualmente, coordena um grupo de oração em sua casa, às quartas-feiras.
Sua filha, Christiane, após ter trabalho no Comitê Central de Dilma, foi convidada para integrar a equipe de transição de governo, porém, foi demitida quando seu envolvimento com a máfia das sanguessugas foi descoberto pela equipe da presidente eleita. Segundo o procurador que colheu um dos depoimentos de Christiane, o material foi enviado à Polícia Federal para ser anexado às investigações da Operação Caixa de Pandora, e um segundo depoimento foi tomado pela própria PF, porém nenhuma das revelações de Christiane foi incluída de forma oficial no relatório das investigações.
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
Com Quem Nos Importamos?

"Mestre, qual é o grande mandamento na lei? E Jesus
disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e
de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o
primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a
este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo"

  (Mateus 22:36-39).

Pedro, um pequeno menino que tinha alguns problemas com
Débora, sua irmã mais nova, se ajoelhou para fazer sua
oração habitual antes de dormir. "Deus, abençoe a mamãe e o
papai, e também a Débora, em nome de Jesus. Amém". Ele se
levantou mas logo se ajoelhou novamente, e disse: "Oh,
Senhor, não perca tempo com a Débora. Amém."

A nossa historinha trata de crianças, mas nós, que somos
adultos, muitas vezes fazemos o mesmo. Deixamos de ter
relações de amizade com alguém e logo nos esquecemos de orar
por esse alguém, de tentar uma nova aproximação e até nos
alegramos quando algo vai mal para essa pessoa.

O ensino do Senhor, porém, não é esse. Precisamos nos
importar com nossos amigos e com os que não são amigos
também. A Palavra de Deus nos diz que devemos amar a Deus e
ao próximo -- não apenas aos amigos. Se não amamos ao
próximo, não amamos a Deus. E se não amamos a Deus, perdemos
a vida abundante e as bênçãos que só Ele pode nos dar.

Temos nos importado com todos? Temos anunciado Cristo aos
nossos vizinhos? E aos nossos colegas de trabalho? E aos
companheiros de escola e universidade? Temos compartilhado
as bênçãos que temos recebido com nossos amigos? E com os
que não são nossos amigos?

Em vez de achar, como o menino de nossa ilustração, que Deus
não deve perder tempo com aqueles de quem não gostamos,
devemos pedir ao Senhor que os abençoe e nos ensine a
amá-los também. Só assim o nome de Jesus será engrandecido.

Você acha que Deus deve se importar com aqueles que não são
seus amigos? E você, se importa com eles?
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
FONTE DE VIDA E NÃO DE MORTE

"... eu vim para que tenham vida, e a tenham 
com abundância" (João 10:10).

Alguns anos atrás, em Chicago, depois de um acidente de
carro, um policial acordou os pais para reportar a morte de
sua filha única. O policial informou que uma garrafa vazia
de bebida alcoólica foi encontrada no carro destruído. Ao
ouvir isso, o pai ficou irado e disse: "Quando eu descobrir
o homem que vendeu bebida alcoólica para estas crianças, eu
o matarei". Mais tarde, ao procurar uma de suas garrafas de
bebida, encontrou uma pequena nota com a caligrafia de sua
filha, onde estava escrito: "Papai, nós pegamos uma de suas
garrafas de bebida. Eu sei que você não se importará."

Como tem sido o nosso exemplo para nossos filhos, parentes e
amigos? O que eles têm aprendido conosco? Como cristãos,
deveríamos ser imitados em nossas boas atitudes e não
copiados em nossos erros e fraquezas.

Se somos a luz do mundo, todos estão atentos ao que falamos
e fazemos. Nossos familiares estão nos vendo, nossos amigos
contemplam cada uma de nossas ações, nossos vizinhos
percebem o nosso ir e o nosso vir. Todos os olhares estão,
sempre, fixos em nossas vidas.

Quando somos bênçãos nas mãos do Senhor, todos ao nosso
redor são contaminados com a nossa felicidade. Quando
envergonhamos o nome de Jesus e agimos de tal forma que
entristecemos o Seu coração, a luz se apaga, o riso
desaparece, as flores secam, os pássaros deixam de entoar
belas melodias. Todos sofrem quando não somos o que o Senhor
espera que sejamos.

O pai de nossa história foi, indiretamente, o causador da
morte de sua filha. Nós, quando fazemos o que desagrada a
Deus, acabamos sendo culpados pela morte espiritual de
muitos de nossos amigos.

Eu quero que meus filhos, parentes e amigos só encontrem
bênçãos entre os meus pertences. Quero que aprendam a sorrir
e cantar com o meu testemunho. Quero ser lembrado como uma
fonte de regozijo e nunca como um a justificativa para
queixas e murmuração.

Se você quer que todos os seus amigos vivam abundantemente,
seja uma vida abundante diante do Senhor que é Vida,
verdadeira e eterna.
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
Basta A Sua Companhia

"Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo
tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo"

(João 16:33).

No final da década de 50, Armando Valladares, De 23 anos de
idade, foi lançado em uma prisão cubana, onde permaneceu por
22 anos. As execuções eram realizadas todas as noite,
durante seu primeiro ano na prisão. Mais tarde, ele sofreu
algumas das torturas mais vis e sádicas imagináveis. Em suas
memórias, Valladares escreveu: "eu busquei Deus... Eu nunca
lhe pedi para me tirar de lá. Eu não achava que Deus deveria
ser usado para aquele tipo de pedido. Eu só pedi que Ele me
permitisse resistir, que me desse fé e força espiritual para
sobreviver debaixo daquelas condições... Eu só orei para Ele
ficar ao meu lado."

Até onde temos suportado as adversidades da vida? Temos sido
capazes de aguentar os momentos difíceis com a mesma fé que
nos motiva durante os períodos de grande alegria e bênçãos?
Temos compreendido que, muitas vezes, o Senhor permite que
enfrentemos lutas para que sejamos edificados e aprendamos a
confiar inteiramente nEle?

O salmista dizia que, com Cristo ao seu lado, não temeria
ultrapassar o vale da sombra e da morte. Temos nós a mesma
certeza? Somos capazes de não murmurar quando alguma coisa
não dá certo em nossas vidas? Somos capazes de manter a paz
e a esperança mesmo diante de obstáculos? Como tem andado o
nosso ânimo espiritual?

Quando Cristo está ao nosso lado, tudo vai bem. O mundo não
nos incomoda, a paz nos envolve completamente, as bênçãos
são constantes, a vitória é certa.

O que mais importa para nossa felicidade não é se o caminho
é plano ou pedregoso e sim, se Cristo está ao nosso lado.
Seguros em Suas mãos, podemos enfrentar quaisquer
circunstâncias.

Você costuma andar sozinho ou faz questão da companhia do
Senhor?