Por que nós amamos a Deus

quinta-feira, 18 de maio de 2017

Por que nós amamos a Deus


 Nós amamos porque ele nos amou primeiro. (1 João 4.19)

Uma vez que amar a Deus é a evidência de que ele ama você com amor eletivo (Romanos 8.28, etc.), a certeza de que Deus lhe ama com amor eletivo não pode ser o fundamento do seu amor por ele. Nosso amor por ele, que é a evidência de nossa eleição, é nossa apreensão espiritual da glória plenamente satisfatória deste Deus.
Isso não é primeiramente gratidão por um benefício recebido, mas o reconhecimento e deleite de que recebê-lo produziria gratidão transbordante. Este reconhecimento e deleite é, ou deveria ser, de acordo com a Escritura, acompanhado imediatamente com a segurança de que ele de fato se entrega a nós para alegria eterna.
O chamado do evangelho (Cristo morreu pelos pecadores, creia nele e você será salvo) não é primeiramente um apelo a crer que ele morreu por seus pecados, mas que, pelo fato de ele ser o Deus que redime a tal preço e com tal sabedoria e santidade, ele é digno de confiança e é um repouso verdadeiramente satisfatório para todos os meus anseios.
Crer nisso (ou seja, perceber e compreender) é imediatamente acompanhado pela confiança de que somos salvos e de que ele morreu por nós, uma vez que a promessa da salvação é dada àqueles que creem assim.
Assim, a essência do hedonismo cristão está no âmago do que é a fé salvífica e do que verdadeiramente significa “receber” a Cristo, ou amar a Deus.
Compare: “Nós amamos porque ele nos amou primeiro” (1 João 4.19). Isso pode significar que o amor de Deus capacita o nosso amor por ele através da encarnação, expiação e obra do Espírito Santo, não que nosso motivo para amar seja primeiramente ele ter feito muito por nós.
Ou isso pode indicar que ao contemplar e apreender espiritualmente Deus como o tipo de Deus que ama pecadores como nós com graça tão surpreendentemente livre e através de meios de expiação tão maravilhosamente sábios e sacrificais, somos atraídos a nos deleitar neste Deus por quem ele é em si mesmo. Isso é melhor do que considerar que a afirmação signifique que o amamos primeiro porque nos vemos como pessoal e particularmente escolhidos por ele.

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