terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

“Pois disseste: O SENHOR é o meu refúgio. Fizeste do Altíssimo a tua morada.” (Salmos 91.9)


No deserto, os israelitas estavam continuamente expostos a mudança. Quando a coluna de nuvens parava, as tendas eram armadas. Mas, no dia seguinte, antes que a aurora rompesse, a arca se movia, e a coluna de nuvem e de fogo guiava o povo no caminho, através das trilhas estreitas das montanhas, subindo ladeiras, ou através da terra árida do deserto. Eles tinham pouco tempo para descansar, porque logo ouviam o grito: “Adiante; este não é o nosso lugar de descanso. Temos de prosseguir em nossa jornada até Canaã”. Eles nunca ficavam num lugar por muito tempo. Nem mesmo os oásis, com palmeiras, poderiam detê-los. Apesar disso, eles tinham uma habitação permanente em seu Deus. A coluna de nuvens do Senhor era o abrigo deles; e o resplendor de fogo, à noite, era a lareira de suas famílias.
Os israelitas tinham de seguir adiante, de um lugar para outro, mudando continuamente, nunca tendo tempo de se fixar e dizer: “Agora estamos seguros; neste lugar viveremos”. “Mas”, declarou Moisés, “embora estejamos sempre mudando, Senhor, Tu tens sido a nossa habitação, em todas as gerações” (ver Salmos 90.1). O crente não conhece qualquer mudança no que diz respeito a Deus. O crente pode ser rico hoje e pobre amanhã; talvez esteja sadio hoje e enfermo amanhã. Pode estar gozando de alegria hoje e amanhã entristecer-se. No entanto, não existe qualquer mudança no que se refere ao relacionamento dele com Deus. Se Ele me amou ontem, também me ama hoje. Mesmo que as expectativas sejam arruinadas e a esperança, frustrada; mesmo que a alegria murche e o medo destrua tudo, nada perdi, do que tenho em Deus. Deus é a minha fortaleza, na qual eu sempre posso me acolher (ver Salmos 71.3). Sou peregrino neste mundo; em Deus, porém, estou em casa. Na terra, viajo; mas em Deus, habito em lugar seguro.

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