500 ANOS DA REFORMA

sábado, 25 de março de 2017

Após 500 anos, Reforma Protestante ainda está em curso, afirma importante líder cristão

Conhecido por livros de doutrina bíblica no mundo inteiro, pastor afirma que a Reforma Protestante continua com os mesmos fundamentos de Martinho Lutero

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Próximo de completar 500 anos no próximo dia 31 de outubro desse ano, a Reforma Protestante dividiu a história do cristianismo em defesa da autoridade bíblica acima das tradições religiosas implantadas por homens, advogando às Escrituras Sagradas como única fonte confiável de fé e prática cristã. Esse fato foi reforçado pelo apologeta evangélico, pastor e renomado escritor, John MacArthur.
Durante uma palestra dada na Conferência Nacional Ligonier, realizada em Orlando, Estados Unidos, MacArthur disse que a Reforma Protestante ainda está em curso. Para o autor, o que o Monge Martinho Lutero combateu e culminou na Reforma de 1517, denunciando o que considerou erros doutrinários da Igreja Católica, deve continuar sendo pregado pelos reformadores evangélicos.
“O Evangelho sem barganhas não foi resolvido 500 anos atrás, mas estabelecido há 2000 anos. Mesmo assim, continuamos chamando a igreja professante a permanecer fiel à verdade”, disse ele em publicação no The Christian Post, deixando claro que não se trata de combater uma denominação, ou pessoas, mas sim doutrinas heréticas, erradas a luz da Bíblia como um todo:“A Reforma não acabou. A cada curva na estrada, a cada novo falso mestre que surge para ensinar uma versão ou outra de uma ‘mensagem alternativa’, devemos abordar esse assunto”, frisou.                                                                                  A união de cristãos evangélicos e católicos
Nos últimos anos, devido a pauta crescente de ideologias liberais em todo mundo, relativizando questões morais e tradicionais do cristianismo, como a família tradicional, casamento, aborto, descriminalização das drogas e educação sexual, evangélicos e católicos se uniram no combate político e teológico contra tais ideologias, deixando de lado muitas diferenças doutrinárias, ao menos no campo religioso.
John MacArthur fez questão de ressaltar que a Reforma Protestante foi pautada pela incompatibilidade doutrinária com a Igreja Católica; “você acha que existe harmonia entre o catolicismo romano e as verdadeiras igrejas evangélicas e suas doutrinas? Nenhuma”, disse ele, após frisar que o “Sola Fide”, ou; “apenas a fé”, um dos pontos da reforma baseado em Efésios 2:8, é um dos grandes fundamentos da doutrina bíblica.
A declaração de MacArthur soa como um alerta para os cristãos protestantes do mundo inteiro, visto que o Papa Francisco tem mobilizado esforços na intenção de produzir um discurso cada vez mais “ecumênico”, aproximando igrejas luteranas e anglicanas, por exemplo, do catolicismo romano.
Em todo caso, a promoção do respeito mútuo e da cooperação através do diálogo em questões comuns, a exemplo do combate ao relativismo radical, são fatos inegáveis de um avanço na qualidade de convivência entre as duas igrejas, o que certamente não contraria a continuidade da Reforma, como tem que ser.

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