Bíblia mais antiga volta a ser reunida online

terça-feira, 14 de julho de 2009


Bíblia mais antiga volta a ser reunida online
Da Reuters

Por Stefano Ambrogi
LONDRES (Reuters) - As partes sobreviventes da mais antiga Bíblia do mundo serão reunidas online na segunda-feira, o que gera excitação entre os estudiosos bíblicos que continuam tentando desvendar seus mistérios.
O Codex Sinaiticus foi manuscrito por quatro escribas gregos em couro animal, um material conhecido como velino, na metade do século 4, mais ou menos no período em que o imperador romano Constantino, o Grande, adotou o cristianismo como religião oficial do Estado.
Nem todo o documento sobreviveu aos estragos do tempo, mas as páginas que o fizeram incluem todo o Novo Testamento e a cópia sobrevivente mais antiga dos Evangelhos escritos em diferentes momentos depois da morte de Cristo pelos quatro evangelistas: Mateus, Marcos, Lucas e João.
As 800 páginas e fragmentos que restam da Bíblia --a qual originalmente tinha 1,4 mil páginas-- contêm igualmente uma cópia do Velho Testamento. A outra metade se perdeu.
"O Codex Sinaiticus é um dos mais antigos tesouros escritos do mundo", disse Scot McKendrick, diretor de manuscritos ocidentais na British Library.
"Esse manuscrito de 1.600 anos de idade oferece um vislumbre sobre o desenvolvimento do cristianismo em seus primeiros anos e provas em primeira mão de como o texto da Bíblia foi transmitido de geração em geração", disse.
Os textos incluem numerosas revisões, acréscimos e correções realizados ao longo de sua evolução.
"O Codex é provavelmente o maior livro encadernado a ter sobrevivido", afirmou McKendrick, informando que cada página tem 40 centímetros de altura por 35 de largura.
"Em termos críticos, ele marca o claro triunfo dos códices encadernados sobre os rolos (de papiro) --um importante marco para determinar a maneira pela qual a Bíblia cristã veio a se transformar em texto sagrado", acrescentou.
Os textos são uma compilação de seções detidas pela British Library, de Londres; pelo mosteiro de Santa Catarina do Sinai, no Egito; pela Biblioteca Nacional da Rússia e pela biblioteca da Universidade de Leipzig, na Alemanha.

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